Wednesday, December 31, 2008

Leituras de Natal

"veja você a terrível vulnerabilidade das massas, a que os políticos chamam povo soberano quando querem dar graxa: mostra-se-lhes um livreco, um filme, uma suposta reportagem televisiva e o pessoal acredita em fundo, abre a boca salioamente e papa toda a trampa, mesmo que não haja a mínima seriedade, o mínimo rigor, no material que lhes enfiam pelas gargantas abaix. Também é verdade que, na sua grande maioria, as pessoas esquecem depressa, passam logo à próxima excitação, que é tão epidérmica como as anteriores."
...
"o que eu quero dizer é isto: a democracia (que, aceito com veemência, continua a ser o menor dos males, neste vale de lágrimas) deu a todos, supostamente, acesso à educação, à cultura. Mas que educação? Que cultura? Cada vez me parece mais clara a extensão e a profundidade da crise em que a nossa sociedade está mergulhada até à ponta das orelhas... não, dos cabelos. É uma crise política, económica, moral, cultural, anímica, psíquica."

João Aguiar, O Priorado do Cifrão

Tuesday, December 30, 2008

Yes, we can!

É o momento do Sr. Obama mostrar no que é que é, na prática diferente do Bush.

Incrivelmente, a justificação Ministra dos Negócios Estrangeiros israelita é de uma hipocrisia notável. Como justificar a guerra? Segundo ela, a zona era controlada pelo Hamas (exército criado pelos EUA) (e para compreender os meandros desta relação, aconselho vivamente que vejam "the Israeli Lobby"). Ela também diz que os raelistas são os que querem viver em Paz... Pois querem... Mas em PAZ! Que a maior parte vítimas pertence ao Hamas (exército esse, criado pelos EUA). Então e estes? e porquê? E estes? Que a faixa de Gaza é controlada pelo Hamas?!! E este documentário de um realizador Israelita? Ou esta notícia?
E já agora, o documentário Between the Walls, parte I, II, III - para perceber até onde vai o bloqueio económico, IV, V, VI. Ou o Witness in Palestine: parte I, II, III, IV, V, VI
Tudo de fontes diferentes... Será que estão todos em conspiração contra o Estado de Israel? ou anti-semita ou o raio que eles alegam? E porque será que este tipo de documentário nunca chega aos media?

Thursday, December 25, 2008

para não fugir à tradição recente...

acabar a noite de Natal com este filme... A "Música no Coração" dos nossos tempos...

Monday, December 22, 2008

A Menina quer:


... que este DVD tenha lançamento na Europa...

(na Europa não... na Ilha, ssf)

Sunday, December 21, 2008

Natal na empresa em alturas de crise

As notícias da crise começaram a fazer-se sentir internamente quando, no início do 4º trimestre lançou-se o boato (que se ai verificar) de que "seria o primeiro trimestre, em 21 que a empresa não cresce a dois dígitos". Parece ridículo mas foi uma das empresas que sofreu com a crise na área das TI no início do milénio e a gato escaldado... Somos semanalmente informados das iniciativas de corporate para passarmos 2009 sem grandes percalços. Embora as previsões sejam de um 2009 de crescimento entre 0-6%.

Medida número 1: tudo o que seja despesa corrente é para ser cortada: jantar e prenda de Natal cancelado (como o chefe é simpático, tivemos como prenda de Natal um dia extra de férias - presente perfeito); viagens de negócios em que esteja em jogo menos de um milhão de dólares canceladas, troca de meetings de empresa por conference call, video conferências e tudo o que as novas tecnologias podem proporcionar (ah, primeiros meetings a serem cancelado: aqueles de golf chatérrimo entre gestores de topo... Único que não sofreu cortes orçamentais: conferência anual de novas tecnologias onde se encontra tudo o que é engenheiro e cromos de computadores)

Estando por isso a festa de Natal cancelada (e dizem-me que é assim uma coisa ENORME e cheia de luxos) foi necessário reajustar as comemorações da época. Havendo um departamento de RH que até funciona (pois é minha gente, para todos os descrédulos e todos os que nunca viram um técnico de RH com cérebro e boa vontade: ELES EXISTEM e eu conheço meia dúzia deles... e é engraçado pois são normais, 2 mãos, 2 pés, 2 olhos... parecem humanos e tudo:) resolveram fazer algo a baixo custo e, aproveitando o facto de haver 1001 nacionalidades na empresa pedir a empregados de toda a parte do mundo que descrevessem as tradições de Natal nos seus países.

Ora, sendo eu a única representante do Rectângulo lá me calhou a coisa. Foi engraçado rever algumas das nossas tradições, compará-las com outras e ver que, afinal, não somos assim tão diferentes. Porque pediram música, foi enternecedor ouvir falar Português pelos microfones da empresa. E de alguém natural cá da Ilha me ter dito "vou experimentar fazer coscorões neste Natal"

Parte a não repetir: como não sabia o formato em que as tradições de natal seriam partilhadas (afinal apenas preenchi um questionário) saiu-me a seguinte comentário "comida está para o Português como a cerveja para o Irlandês". Foi a minha mais modesta forma de mostrar que valorizamos a comida. Qual não foi o meu espanto que aquilo foi copy-paste num e-mail para toda a empresa (RH inteligente mas com limitações :-). Repercussões... algumas, mas todas cheias de bom humor :-)

No departamento, fizemos também um Chris Kindle, o nome dado ao nosso Amigo Secreto. Por norma, nunca acho muita piada pois nunca sei o que comprar. Mas desta vez foi muito engraçado: toda a gente adivinhou quem era o seu Chris Kindle e os presentes tiveram significado. A mim calhou-me uma irlandesa que é um cartoon vivo (eles têm normalmente muita piada).

Voltando à crise, a discussão de budget para o próximo ano... Por bate pé do chefe, o que estava previsto para formação ficou intocável. Como ele próprio referiu "se queremos ser empresa de excelência temos de agir como tal e dar condições aos trabalhadores para evoluir". Mais palavras para quê? Eu tenho as minhas autorizadas :-)

Thursday, December 18, 2008

Mensagem de Natal e votos de um bom 2009

Desejo a você

"Fruto do mato, cheiro de jardim, namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor, filme do Carlitos, chope com amigos, crônica de Rubem Braga, viver sem inimigos, filme antigo na TV, ter uma pessoa especial e que ela goste de você.


Música de Tom com letra de Chico, frango caipira em pensão do interior, ouvir uma palavra amável, ter uma surpresa agradável, ver a banda passar.

Noite de lua cheia, rever uma velha amizade, ter fé em Deus... Não ter que ouvir a palavra não nem nunca, nem jamais e adeus.

Rir como criança, ouvir canto de passarinho, sarar de resfriado, escrever um poema de amor, que nunca será rasgado.

Formar um par ideal, tomar banho de cachoeira, pegar um bronzeado legal, aprender uma nova canção... Esperar alguém na estação.

Queijo com goiabada, pôr-do-sol na roça... Uma festa, um violão, uma seresta. Recordar um amor antigo, ter um ombro sempre amigo, bater palmas de alegria.

Uma tarde amena, calçar um velho chinelo, sentar numa velha poltrona, tocar violão para alguém, ouvir a chuva no telhado, vinho branco, Bolero de Ravel e ...

...muito carinho meu."

Carlos Drummond de Andrade




Sunday, December 14, 2008

Eis:

A razão pela qual não me importo que as mulheres tomem opções estúpidas: é que posso fazer o download do álbum sem problemas de consciência algum... Basta lembrar-me do marido.

Mas que a mulher tem jeito para a coisa, lá isso tem. Congratulo-a de ter voltado à língua materna.

Milão Revisitado

Tinha na memória Milão ser uma cidade...chata. Também é verdade que tinha vindo de Veneza e Florença... logo se calhar em termos comparativos fica um bocado a perder. Lembro-me, no entanto, de ter olhado para o La Scala e de ter pensado: "É isto?"!! E efectivamente fiquei com essa sensação, novamente: "Tanta azáfama por causa disto?" Ok a Callas esteve lá, etc, etc, etc, mas no limite (e no meio de tanta beleza) é um edifício vá... interessante.

Agora, o que não me lembrava é que se tinha a mesma sensação de Praga: não é preciso mapa e uma pessoa nunca sabe muito bem se ir para a direita ou esquerda pois tudo parece lindíssimo. Chegar ao Duomo tem de se ficar alguns segundos meio embasbacada. Chegar ao Duomo com iluminações de Natal é algo simplesmente divinal. Mas assim uma coisa linda, linda, linda (e até tinham assadores de castanha... claro que as castanhas são assadas em fornos eléctricos... não há cá carvão... as mãos nem sequer ficam sujas :( mas valeu para ma
tar saudades:-)

Quanto às Galleria Vittorio Emanuelle II lá continuam lindas (vejam pormenor da iluminação em baixo) e não deixa de ser engraçado encontrar ao lado da Pierre Cardin e da Hermes um McDonalds: sinal dos tempos...


E para quem não acredita na imponência das decorações de Natal, ficam uns exemplos:


Por vezes pensava que estava em Lisboa: eléctricos amarelos, pessoas que sorriem, cafés "normais" (e só quem é emigra é que entende) - tal e qual como Lisboa, onde é possível tomar o pequeno-almoço, com aquele burburinho da cidade que acorda: a sonhora que compra o pão, a criança que berra - e que me irrita solenemente mas que ali soou melhor do que a Orquestra Sinfónica - o som das chávenas a bater nos pires - sinal que há café servidos em chávenas... e das pequeninas - , marcas de lojas que me são familiar, jantares servidos fora de horas... hmmm... quase que me sentia em casa (até a língua é compreensível) e as pessoas não fogem do contacto físico... minha nossa... .

Falta dizer que o Mercado de Natal faz o da Alemanha parecer brincadeiras de crianças... enorme e com uma variedade fenomenal. Um deles dá a volta em torno de todo o Castello Sforzesco que por si só faz com que Milão mereça uma visita.

Há quem diga que uma das semelhanças que tenho com os malucos é que onde vou quero ficar... Milão não é excepção: nas passadas semanas tenho dado uma vista de olhos ao site de recrutamento da empresa e... para mal dos pecados e pelo facto de os horários das empresas (8h30-5) serem religiosamente cumpridos... começarei em Janeiro o Italiano para Principiantes (em nada a ver com o filme). Dentro de algum tempo já saberei dizer mais alguma coisita que "e vero" ou "Buongiorno Principessa" ou "bravo Alfredo" ou "una metafora".

E foi assim que me despedi da Itália:
Pronto... vou ver o Nuovo Cinema Paradiso para iniciar bem a semana :)

Olhem...

pode ser com esta música...

O Natal chegou ao Fim-do-Mundo cá na Ilha

Adoro as luzes de Natal e todo o ambiente em volta do final do ano. Sim... eu sei que é uma hipocrisia e sei que há pessoas a morrer de fome enquanto se gasta rios de dinheiro em decorações Natalícias, mas eu gosto. Fazer o quê?

Andava tristinha por não haver nada, mas mesmo NADA nas ruas, nas montras (porra, estou ou não estou num país católico??) quando, de repente, durante o fim-de-semana em que estou na Europa (aqui, sinceramente sinto-me mais próxima dos EUA do que da Europa) deparo-me com uma cidade(zinha) transformada e preparada para o Natal.

Quando se entra no Jardim da cidade (assim uma coisinha... vá... um décimo do Bonfim..e sim "entrar" porque tem portões que fecham às 6 da tarde... dizem eles "para nos proteger" do quê? não faço a mínima, mas apesar de fechado em 24h/dia vigilância!) é como se entrássemos num filme da Disney. As boas vindas são-nos dadas por estas duas personagens que fazem as delícias das crianças: ela tem um condão mágico que as pequenas adoram pois liberta, efectivamente pózinhos de perlimpimpim. Ele para além de dizer disparates e perguntas inconvenientes tem umas molas nos pés que atrai a atenção.

Para além da música natalícia (que me faz lembrar qualquer banda sonora de qualquer história de encantar) as crianças (e alguns graúdos que insistem em não crescer totalmente :-) existem a neve falsa... que é tãaaaaao boa porque não implica... FRIO.

O resultado final... é algo assim:

Acho um piadão...

... toda a gente agora falar do Manoel de Oliveira pelos 100 anos ...

Acho ainda mais piada ao Cavaco (porque é que o homem não volta às aulinhas de Economia??) a prestar-lhe homenagem pela divulgação da cultura e modo de ser Português pelos 4 cantos do mundo. Ainda o mês passado numa reportagem da Sight&Sounds sobre o Oliveira - agora dei para intelectual - o jornalista (claramente fã) se queixava pois dvds não têm lançamento internacional (ou seja não há legendas em inglês). Até dava sugestões de relíquias encontradas na net.

Acho a cereja no topo do bolo o comentário do Oliveira que apesar (ou por causa) dos 100 anos é o único naquela sala que mantém alguma sobriedade e um notável nível de ironia :-)

Saturday, December 13, 2008

A crise vista deste lado

Bem sei que a Ilha e falada por toda a Europa por não crescer/por ter sido um dos primeiros países europeus a assumir a recessão (para além do acontecimento com os porquinhos e carne bovina etc,etc mas parece-me que a proximidade com a outra Ilha faz com que a comunicação social esteja ao nível de um 24 Horas).
Sinceramente, preferia que o Rectângulo estivesse tão em crise como a Ilha ao invés de crescer aos números que o Sô Socras desencanta da bolinha de cristal. Métodos que provavelmente aprendeu aquando da licenciatura de Engenharia (eu sei, eu sei... a voltar ao mesmo... é que há coisas que não digiro com muita facilidade.
Continuando..
É certo (e um facto) que nem a Economia nem o Investimento Directo Estrangeiro crescem a 2 dígitos, como há 10 atrás; também - sim há empresas a fechar portas. Da mesma forma, que os cartões de crédito aparecem por geração espontânea (o que os Continentes e Jumbos têm a aprender com os Tescos... ao pé deste último parecem brincadeira de crianças)... É verdade que a dívida das familias vai aos 150%, e a especulacao imobiliaria... minha nossa. A Irlanda é um pais caro (a alimentação é cara, a cultura é cara, a educação comeca a tornar-se cara) mas os ordenados mais que compensam os preços praticados. E a crise... tudo é relativo. A Dell vai despedir uns quantos milhares mas há novos investimentos (por exemplo, há uma farmacêutica que espera criar 1600 postos de trabalho em 2009/10, todos eles ligados a investigação... ate lá, a construção da nova sede estará a cargo de uma empresa irlandesa)... Só que estes tipos de notícias saem nas laterais dos jornais regionais.
As miúdas gastam mais em maquilhagem do que eu em roupa (e garanto-vos que em nada tem a ver o facto de o roxo ser a cor da estação). Sair um sábado à tarde pela baixa do Fim-do-Mundo onde vivo e ver sacos da Brown Thomas (para quem já considera o El Corte Ingles caro... digamos que ECI ao pé do BT são pechinchas) e Marks& Spencer é só comparável em Portugal aos 70% de desconto das Zaras e companhia - mas aqui é todo o ano.
Obviamente que as coisas não estão como estavam... nem tudo e um mar de rosas: as pessoas queixam-se da redução do Investimento público na Educação, na Saúde (mas que ao pé da Holanda... cheguei ao 1º Mundo, civilizado onde as pessoas fazem medicina de prevenção), os Polacos (pois trabaham maioritariamente na construção civil, mercado estagnado) estão a ser "convidados" a voltar a casa em troca de uma quantia simpática (eu não me importava :-)... mas a busca por gente qualificada continua.
Por isso, crise, crise... mais ou menos...

Mensagem de Natal

Começou oficialmente a contagem decrescente!


Wednesday, December 10, 2008

Primeira Resolucao de 2009

Ir ver este menino ao vivo :-)

Monday, December 08, 2008

de ir às lágrimas

Friday, November 28, 2008

Rima fácil

Esta música passa aqui nas rádios com mais frequência que o Francisco Louçã aparece nas televisões em Portugal. E até compreendo, afinal os filhos são cá da Terra. Mas é uma porra pois é daquelas que, ouvindo às 8 da matina fica na cabeça até ao final do dia. E pior (e assustador), de vez em quando dou por mim a cantarolá-la.

Há algumas semanas não sei porque razão a letra traduziu-se automaticamente na cabeça... eh pá... é mau demais para ser verdade...O recurso à rima fácil é algo aflitivo e faz o Tony Carreiras parecer um Fernando Pessoa. Andam as teenagers de 15 anos (eu espero que sejam somente <15 anos) a suspirar por causa desta música?

Para além do tema ser o do ela-é-tão-cabrinha-mas-eu-gosto-dela-na-mesma, que enfim, irá vender até ao fim da vida humana na Terra, a letra em si é... muito vá... má. Mesmo má.

E se o começo é mau esperem pelo fim... Começa com um "Tell me what you want from me/So I can try to make you see": 2 versos sem lógica alguma... Passa para "I'm delirious/Are you serious?". E isto são dois versos. O que é que o delirious está ali a fazer?

Mas o meu preferido é mesmo:

"ohhh, I should have known"

O "ohh" a rimar com o "own"... é comparável ao "am" a rimar com o "ão" no Português, que na primária a Professora não nos deixava utilizar... "demasiado fácil" dizia ela, "exijam mais de vós próprios"...

Depois vai para um "I don’t get it, I really don’t get it/I try to walk away but my feet won’t let me".

Sinceramente, a única coisa que se aproveita no meio disto tudo são as miúdas a dançar... Até estão sincronizadas e os vestidos assentam bem. Ai, saudadinhas do Ronan a cantar "estás bem é caladinha" (a tradução é minha :).

Tuesday, November 11, 2008

Eh la…

Queres ver que o homem tem mesmo principios

Porque e que a SIC e sempre sinonimo de abandalhamento?

Pela primeira vez vi os Gato e nao me ri…
Estranho… muito estranho

Sunday, November 09, 2008

Porque é que eu gosto deles?

Porque têm destas ideias meio doidas (que toda a gente tem naquelas tardes de vegetaristo em frente à televisão) e tornam-nas rentáveis.

O que eu gosto de ouvir este homem

O que eu não dava para o ter conhecido 10 anos atrás :-)

Saturday, November 08, 2008

...

Sunday, November 02, 2008

Tosca, Puccini

Com a aproximação do Natal começam a aparecer as Operas e os ballets clássicos. Pela Ilha, esta semana é dedicada ao Puccini. Por isso, esta semana tenho direito a ver a Tosca no Coliseu cá do sítio. A produção parece que é de uma pessoa importante, uma Ellen Kent. Se o dizem, eu acredito.

Puccini é um dos meus compositores de opera preferidos e ainda me falta o Madame Butterfly para a coisa ficar completa. Entretanto fica a apresentação de "Tosca".

Saturday, November 01, 2008

em preparação para 3f


Tuesday, October 28, 2008

a senhora com o cabelo pintado de amarelo

ao tempo que andava à procura desta versão...

Tuesday, October 21, 2008

Precisa-se:

Alguém que traga este documentário para a Europa!!!

Monday, October 20, 2008

Dancing Queen

"Mamma Mia" é a prova, para quem precise dela que, mesmo tendo uma história banal, desde que o filme grandes actores, a coisa funciona (ok, excepto no Lions for Lambs mas é a própria excepção que confirma a regra). Eu estou completamente apanhadinha pelo Mamma Mia.
A Meryl Streep (pensar no que seria num Devil Wears Prada se esta não fosse esta mulher - por mim deêm-lhe o Ocar, Globo de Ouro, Cesar,...,), a Julie Walters (o que eu gosto desta senhora), o Colin Firth (que canta mal como tudo mas que tem e mistura na perfeição o estilo charmoso com de desajeitado quase todos os homens da Ilha), o Pierce Brosnan (o 007 mais charmoso, a seguir ao escocês) e a miúda que também tem jeito para a coisa (they are getting younger and younger :-).
Eu fiquei logo conquistada com o mar azul da Grécia. Ver a Meryl Streep cantar e dançar como se tivesse vinte aninhos é um convite à alegria. Se quiserem, vejam-na aqui ou aqui ou num SuperTrouper incrível... ou Slipping Through My Fingers (ohhh) A Julie Walters... simplesmente divinal num Chiquitita ou no auge Take A Chance On Me (e se até agora não esboçaram um sorriso, parem de ler e passem para o blog do Pedro Santana Lopes como castigo).
Quanto aos senhores até a desafinar como desafina um Colin Firth me levava ao altar :-) e um Pierce Brosnan (oh pá!!).
Quanto à miúda, para alé de uns olhos azuis que irradiam alegria canta que se farta.
E se ainda não estiverem convencidos (digo desde já que são pessoas aborrecidas) fica o último vídeo:

Carlos Paião Revisitado

Pó de Arroz - Tiago Bettencourt
É verdade, eu já gosto do Tiago (o facto de ter feito a primeira parte de Aimee Mann também ajudou)... mas é das tais coisas, tem tudo: compõe, canta (embora os críticos gostem de o apelidar 'cópia' de Jorge Palma... coisa feia, a inveja), tem sentido de humor (mostrou-o no Sábado no coliseu).

Carlos Paião é dos tais que é quase crime dizer-se que não se gosta. A música está no cd de tributo ao Senhor que poderá "adquirir numa FNAC perto de si, aqui no rectangulozinho". O meu já cá canta e está repleto de bons artistas.

Pó-de-arroz lalalalalala...

Salsa Celtica

Aconselho vivamente a ouvir estes senhores. Se tiverem oportunidade vejam-nos ao vivo!

Ya Llego - Salsa Celtica
Põem gente da ilha a dançar :-)

"@#%&*! Smilers" by Aimee Mann

Sendo totalmente imparcial e como forma de sumário porque o post deve ser longo quero dizer que a senhora é um espanto...
Agora os detalhes:
O dia começa começou com o Expresso a saudar a minha chegada ao Rectângulo com uma entrevista da Musa à Actual. Para quem detesta palhaços como eu (seja qual for o tipo, ie, os do circo ou os outros que nos aparecem sem serem convidados no nosso dia-a-dia), esta é "A" resposta, à pergunta "O que quer dizer @#%&*! Smilers? "Fucking Smilers. Tem a ver com aquela figurinha de cartoon que insulta as pessoas que insistem em tentar fazê-la sorrir. O que é uma situação verdadeiramente irritante quando a última coisa que nos apetece é sorrir. Nasceu da pergunta que me fazem imensas vezes acerca de qual o motivo por que eu não escrevo canções felizes... O que acaba por ser o mesmo que «porque não sorris?». A última pergunta, a opinião sobre o estado da indústriadiscográficacom a partilha gratuita de ficheiros, tendo ela uma das pioneiras no corte com as editoras: "Está tudo a esboroar-se aos poucos, é verdade. Nnguém é capaz de adivinhar como isto irá acabar. Neste momento, não consigo sequer pensar sobre o assunto, porque não estou a ver o que se possa fazer acerca disso. É impossível obrigar as pessoas a pagar uma coisa pela qual imaginam não dever pagar nada e não me apetece fazer sermões. Se gosto da música de alguém, vou comprar o disco, mas isso sou eu. Só nos resta esperar para ver se, algures neste pocesso, sobreviverá alguma forma de podermos continuar a viver da música.
O concerto só pecou por ser curto. A senhora tem um sentido de humor requintado e muito muito subtil - aliás em consonância com qualquer das suas composições musicais. Para além disso, foi pena que o Coliseu não enchesse...
E como há alguém ainda mais obcecado do que eu pela Aimee (obcecado no bom sentido)... já há videos online: portanto o concerto começou com músicas do novo album: Stranger Into Starman, Looking For Nothing, Freeway, Phoenix (o que eu gosto desta música). Passou depois para a banda sonora que inspirou o filme Magnolia (como compreendo o P.T Anderson) Save Me e Wise Up (e devo ser das poucas pessoas que não gosta desta música; e isso deve-se àquela campanha publicitária que achei completamente desadequada); regressamos a "@#%&*! Smilers" com Great Beyond e, joia da coroa That's Just What You Are (música que dedico a muito boa gente, inclusive eu própria:-) o vídeo é antigo, ela não está no seu melhor, mas lembrem-se que eram os anos 90, Red Vines (num unplugged de arrepiar), Columbus Ave, Little Tornado, 31Today (outra para a caixinha das preferidas) e Borrowing Time (uma música feita para o Shrek 3... é tãaaaaaaaao gira a justificação da música e é uma das minhas músicas preferidas do novo álbum), Today's The Day (e eu que não consigo ouvir esta sem fazer associação imediata ao "Coyote, domingo 19-21 com Pedro Costa":-)...How am I Different (wooooow), e para o encore One e a minha música preferida do Magnolia Deathly, simplesmente divinal.
Ficaram muitas músicas para trás? Ah pois ficaram. Por mim, ela cantava tudinho desde os tempos loucos do Til Tuesday com direito às estórias das músicas. Aliás para plena satisfação era uma Aimee Mann cá em casa! Se é para repetir? De certeza que sim!
Nisto ficam dois senãos:
- à saída do Coliseu ouvi o seguinte comentário "Pena ela ser feinha, de outro modo, até teria sucesso", e quem é o autor desta grande frase? Um gajo gordo, baixo, velho e provavelmente cheio de teias de aranha entre as orelhas que deveria ter ficado em casa a ver novelas da TVI...
- enquanto procurava reacções ao concerto, dei com uma grande pergunta de um jornalista do Correio da Manhã: O facto de ser casada não atrapalha quando está em digressão? Muito comentários se poderiam fazer a esta grande questão (de interesse público) para as pessoas que gostam de acompanhar a carreira de artistas, mas acho que a resposta dela (gabo-lhe a paciência) diz tudo: "Tento não andar muito tempo fora. Esta digressão é só de quatro semanas. É o máximo que consigo estar fora, porque se começa a ficar doido. Se tivesse 20 anos seria uma aventura, mas é difícil ser-se adulto e afastarmo--nos por muito tempo." Lá o jornalista deve ter pensado "ah, bolas que não há sangue nem lágrimas... muto a aprender com o Manuel Luís Goucha".

Sunday, October 12, 2008

Aviso a navegação

Para quem se andou a queixar “ah, já não escreves, ah já não escreves” o trabalhinho de casa está feito... agora tenho de ir tratar do outro trabalho para o Artista pois amanhã há sessão de cinema das 9 as 2 da manhã, bem como na 3f... . Vida dura... chiça!

Para os demais: sim, continuo do lado do Queiroz, o melhor que o Abramovich nos fez foi pagar uma pipa de massa ao bluff simpático, Murtosa e companhia. E para acabar o comentário futebolístico: Tenho dito!

Partido S... in the house

(o S é de quê mesmo?)

A coisa que eu mais gosto neles e que nunca nos surpreendem. Até podemos por a bitola baixa, que podemos sempre contar a constância dos gajos que estão no poder. Nunca há aquele tremor do “ai que eles agora vão fazer uma coisa que implique coragem”. Nada! Sabemos que dalí só saem decisões com alto nível de coerência. E acho bem porque de loucuras já tivemos os Descobrimentos há 500 anos atrás. Os outros que façam o resto.

E não, não me refiro às medidas governamentais para contrariar a crise pois, para além de serem anedóticas, parece-me que é conteúdo para os Gato... Deixai-os trabalhar! Mas que me dá um certo gozo ouvir um certo Professor de uma certa Universidade fazer referência a Keynes, lá isso dá. (Aliás deveria ser conteúdo de uma qualquer cadeira introdutória de Economia :
“O que não fazer”... ou melhor “Que medidas tomar para parecer que se faz qualquer coisita que tenha impacto no curto prazo”.

Ouvi, toda a manhã de sexta-feira comentários sobre casais gays e a história de os deixar casar ou não deixar casar e sobretudo o chumbo da proposta de lei de Os Verdes e do BE.

Uma pergunta que gostava de ter feito: apesar de compreender as preocupações do M. Alegre com a Juventude Socialista pois deveria ser mais activa aquando da discussão do pacote laboral que O SEU PRÓPRIO PARTIDO elaborou, em que é que a vida de Alegre ou a minha própria vida ou a de qualquer outro mortal é afectada pelo facto de os gays poderem casar?

Parece conversa de crianças “andam preocupados com o casamento gay mas com o resto não se preocupam eles”... é um bocado aquela coisa do “chumbei a matemática mas o teu pai é gordo”. O que é uma coisa tem a ver com a outra?

Agora outra perguntinha: eu vou ser obrigada a casar? Se vou, pois bem, aí compreendo a preocupação e até votaria não em caso de referendo e se gays quiserem que vão a Badajoz. Agora se a minha condição de mulher, de cidadã, de ser humano não se altera, porque raio é que há tanta especulação à volta deste assunto? Em que é que altera a minha vidinha se o João herda a casa do José por estarem casados? Ou se a Maria pode ir visitar a Joana ao hospital?

Parece aquele video do Marcelo relativamente à IVG. “é discriminação? É. Mas vai votar contra? Sim”

Gostei particularmente e é de salientar, as justificações do PS
“não está no programa eleitoral”. Hmmm então e o referendo Tratado de Lisboa – ok ou à Constituição Europeia - não estava lá? "Não é oportuno”… Não é oportuno para acabar com discrimação declarada? "Falta de discussão na sociedade portuguesa" Eu vou ter de discutir se fulana A e fulana B devem ou não devem casar? Eu, que não quero que se metam na minha vidinha, vou ter de perder tempo a meter-me na vida privada dos outros?

Claro que, convenhamos, 2009 é ano de eleições. Parafraseando o José Manuel Pureza “falta muita espinha vertebral à classe política.” E infelizmente, é um bocado como o RAP (e sim, bem sei que é a 3ª refêrencia aos rapazes) respondeu quando lhe perguntaram o que faziam quando algum deles trazia uma piada muito fraquinha “nós agradecemos, pomos no programa o povo português… papa”.

"Gosto tantíssimo do teu país"

A expressão foi utilizada por uma espanhola de Madrid, perdida também pela Ilha. Há cerca de dois anos considerou que Portugal era um bom sítio para passar alguns meses, porque, diz ela eles são "muito ignorantes em relação a Portugal. Nada nos interessa. Desculpa-me, mas enquanto nos subjugamos aos franceses, ignoramos a vossa existência".

Passadas um par de horas estava rodeada por dois casais: ela e o namorado francês que a tinha acompanhado na conquista de Lisboa (nas suas próprias palavras esta "enamorado por Lisboa") e um casal Húngaro que viveu nas Caldas da Rainha durante 3 anos... como este último me disse "agora posso ouvir o Português de Portugal".

Para mim foi algo pacificador: há cerca de mês e meio que não falava a língua de Camões no meu no dia-a-dia.

Perguntei ao A (o homem Húngaro) o que os tinha levado a Portugal. Porquê Portugal? Respondeu que a esposa queria especializar-se em cerâmica (ela faz peças de joalharia em prata e peças de decoração em cerâmica) e na altura as opções em termos de cursos seria a Holanda :) ou Portugal. Decidiram por este último por ser mais fácil o processo de emigração. Também ele tinha encontrado um curso totalmente financiado na área de Hotelaria e Marketing .

Recordações positivas de Portugal? Começaram a enumerar toda a espécie de comida, iguarias, sobremesas que nem eu tinha ouvido falar. Aqui entrou o Francês na conversa a explicar-me num Português misturado com Castelhano e Francês dum "queijo com paprika vermelha por cima, da região do Porto". Ao que eu respondi com uma cara de interrogação. "sim, sim... como se diz paprika com português? Ai, portuguesa que tens de trazer quando lá fores". Ainda hoje estou por descobrir que queijo é este.

A discussão aumentou de tom quando o Húngaro se saiu com: "Hum, não Lisboa não gosto muito... é como qualquer grande cidade!" E julgam que eu precisei de defender a Cidade das 7 Colinas. Nada disso ! O francês e a espanhola , ela de mão na anca, "qual quê? Lisboa é única... os cheiros, os altos e baixos" e expressão dela "coixinhas tan lindas".

O deslumbramento por Portugal só se esfuma quando lhe perguntamos porque resolveram sair...

O casal Espanha/frança foi à aventura. Ela arranjou trabalho num restaurante vegetariano onde ganhava, sem contracto, 400 euros por mes 26 horas por semana. Passado dois meses resolveu que ganhava mais dinheiro a vender tortilla na noite Lisboeta... e tinha tempo para visitar o país.

O casal húngaro, foi mais complicado. A artista (que tem trabalhos líndissimos - e caríssimos, também) interviu conversa e comentou que adorou estudar lá. Trabalho, também o encontrou, nomeadamente em ateliers de professores, normalmente nao remunerado. Os famosos estágios... Criticou também o facto de não partilharem conhecimento; os mais velhos, os intituídos no mercado têm um medo terrível dos artistas mais novos.

E assim, rumou a Ilha, onde paga uns irrisórios 150 euros mensais numa antiga fábrica recuperada para ajudar ‘novos artistas'. Tem acesso a todo o tipo de material e de maquinaria sem mais um cêntimo. É incrível como deixamos sair pessoas depois de terem estudado num instituto público. Deve ser o nosso bom espírito samaritano: damo-lhes formação e depois fechamos-lhes as portas enviando-os para países mais desenvolvidos...

Perguntei-lhes também o que achava da Alma Portuguesa. O Hungaro disse espontaneamente: estão sempre a queixar-se, “se disseres se estás bem, que nao tens qualquer tipo de problema desconfiam de ti. Se o governo resolve por 5000 bicicletas disponíveis e se esgotam, pensam logo em como criticar ‘que foi falta de planeamento, que a verba foi para os bolsos de alguém’. Quando lá cheguei, num caso destes eu ‘que bom, as pessoas aderem, 5000 bicicletas e esgotaram’ mas tens de ter cuidado porque o hábito de te queixares pega”. Disse também que achava hilariante (sim, foi a palavra utilizada) o sotaque brasileiro, que aquilo não é Português, "português é Pessoa, é Eugénio de Andrade".

No meio desta conversa toda (e foi por uma noite inteira em que o Francês quando abria a boca só lhe saiam palavras soltas... Dão, queijadas de Sintra, bacalhau... BROA DE MILHO (e quando disse isto, agarrou-me no braço e abriu muito os olhos que eu só pensei "ou é maluco ou está sob o efeito de drogas... só pode"), o que me comoveu foi sentir o carinho com que falam do nosso país, como os olhos briham quando lembram do tempo que passaram lá. O regresso a casa foi feito com o francês que, depois de ter passado por toda a nossa gastronomia, passou para lugares: "bem e aquele sitio om caldo verde e paes com chouriça?". "merendeira..". "isso, isso. E auela praia no Sul. arri, arri?". "A arrifana". "Isso, isso, bom, vejo que conheces Portugal". Lá tive de o lembrar que é o meu país. Para além disso, pediram filmes, música e livros em Português.

Os Irlandeses, costumam dizer que "home is where your heart is". O meu está totalmente nesse rectângulo de terra com quem nunca vou ter uma relação pacífica. Não percebo como nos deixamos que nos tratem tão mal e como tratamos tão mal todos os outros. Gerações após gerações continuamos a acredtitar na volta do Sebastião ou que o Milagre da Fatima irá de forma instantânea livrar-nos da crise e que o nosso desenvolvimento está em soluções externas ou em projectos megalomanos. Assim como não percebemos como somos inteligentes e criativos e continuamos a valorizar o chico-espertismo ouo nacional porreirismo.

Portuguesinha de Gema

Há qualquer coisa em ser Português intrinsecamente ligada a capacidade de queixume (perguntem a um português se o fim-de-semana foi bom). E algo inato. Ciente disto ando a tentar controlar a herança lusitana de apenas notar a vertente negativa das coisas.

Mas se há algo que ainda não me habituei, mas mesmo nada, nada, nada e é sempre uma luta desgraçada é que a porcaria dos dias apenas têm 24 horas… É uma chatice e um aborrecimento e não dá para fazer tudo o que se planeia mesmo reduzindo ao máximo as horas passadas a dormir.

Em apenas mês e meio achei que, saída do atrofio de viver num país em que não entendo a língua materna poderia fazer tudo ao mesmo tempo…

Prioridade: a Fotografia… Até aí tudo bem. Depois percebi que são 6 horas à 4ªfeira. Ainda por cima decobri a semana passada que posso chumbar. Assignments toda a santa semana. E mais: o tutor é daqueles todo artista “nem pensar digital, se querem aprender fotografia tem de ser numa ORIGINAL”. Felizmente estava lá uma Espanhola que me deve ter lido os pensamentos e disse ao Artista "eu não quero ser fotógrafa profissional, só quero aprender a tirar boas fotografias e não invisto numa máquina que não vou utilizar no futuro". E o Artista... calou-se.

Àparte disso, voluntariei-me para o Festival de Cinema aqui do sítio – mais vinte horas por semana a juntar à coisa. Quanto me sentei a contabilizar as horas que esta semana terei disponíveis suspirei e quando ía começar a reclamar saltou-me à vista a programação do festival. Blindness, sim, sim esse baseado no livro do José Saramago (tenho uma certa curiosidade em ver qual a sua interpretação da cena final do livro) e para os mais interessados, vale a pena passar pelo blog do Fernando Meirelles, uma delícia! E vejam aqui a reacção de Saramago ao filme.

continuando...

sem ser este, há o Burn After Reading, muitos bons documentários e muitas curtas... aliás 3 curtas Tugas. É nestes momentos que tenho saudades dos tempos de estudante... de poder tirar uma semana de férias :-)

Assim, estava eu na histeria de "oh pá o Blindness com sessão de perguntas e respostas com alguns técnicos", quando olhei para o calendário... QUARTA FEIRA!! VAI SER NA 4 FEIRA. No dia da semana onde calham as 6 horas de fotografia. E aí sucumbi à natureza Portuguesa e reclamei, reclamei, reclamei...

E continuo a reclamar da vida :-(

A música do Momento

Quando o frio começa a fazer sentir-se costumo ter os cinco minutos de revolta com o Mundo por ter de me levantar cedo, que normalmente terminam quando a água do duche começa a correr.

Ultimamente, esta música tem ajudado a evitar vá... 3 minutos e meio de mau humor...

Silent void - David Fonseca

a 7 dias e as borboletas no estômago já se fazem sentir


e por mais que me tente abstrair o pensamento vai parar sempre "será que toca esta? E esta?... bem aquela é que era à maneira...

E todas? Pode ser?

O último album ultrapassa a minha escala "Aimee Mann" de Excelente a Excepcional... e para o adquirir ainda tive de aturar uma loira a dizer "Quem? Annie quê?" E depois quando finalmente percebeu o nome ainda fez aquele olhar de "ua'ever"... E eu recorri à Amazon :-)

Saturday, October 04, 2008

minha nossa!

so de pensar que ha a possibilidade desta mulher chegar ao poder pelas eleicoes...

Friday, October 03, 2008

Don't vote!

Sunday, September 28, 2008

Ai, vida!

Uma coisa que desgraçadamente me irrita (mas irrita mesmo, mesmo... daqueles níveis de irritação que se sente uma bola a subir desde o estômago até à porta do esófago e sabemos que, se abrirmos a boca sai uma enxurrada de palavras feias sem sentido... comparável... vá...a ouvir o Sôcras a falar em crescimento económico) é a capacidade que o ser humano tem de julgar o próximo. No passado, já tive a possibilidade de explicar a um Laranjinha que se fosse para ser julgada, preferia estar em Portugal já o tempo e a comida eram bem melhores.

E enganem-se os que pensam que esta coisa de apontar o dedo tem alguma coisa a ver com nacionalidade, credo ou sexo. Népias! Por e simplesmente, o simples facto de sermos seres pensantes, consideramos nós é que somos normais e tudo o que vai além disso é punível de julgamento. Para aquela que dorme com 8 homens num ano, a que dorme com 9 é que é promíscua. A que dorme com 50 é a outra que se embebeda de vez em quando é que não tem juízo. Para o que se embebeda de vez em quando, aquele que se embebeda todos os dias é que é doente. O que se embebeda todos os dias diz que os drogados é que são a vergonha da sociedade. E isto segue em todos os parâmetros da sociedade: para aquele que sai à noite sexta e sábado o que não sai é um atrofiado sem vida social. Para aquele que trabalha todos os santos dias da semana, o que apenas faz a sua função é que é um calão. Para aquele que apenas faz a sua função, o outro que resolve trabalhar para a promoção é um lambe botas. O que não casa é visto que nem um Don Juan irresponsável sem sentido de compromisso, versão elas ‘solteirona ficou para tia’, os que casam são vistos como acomodados!

Puxa!

E isto sempre foi assim... Agora o que me tem vindo a gerar cabelos brancos (força de expressão, não tenho nem um :) é o facto de ter de explicar TODO o santo fim de semana a uma comitiva de alemães que 1)não bebo porque não gosto do sabor e não é por princípio é só porque não GOSTO; 2) não ponho ketchup nem maionese nem mostarda nem aquelas coisas horrorosas que eles gostam PORQUE NÃO GOSTO DO SABOR; 3) não gosto dos típicos bares porque estão repletos de gente com as quais não tenho nada em comum, a música está altíssima (e normalmente MTV Hits, que por sua vez não gosto) e depois não tenho paciência para aturar gente alcoolizada.

Porra... quero lá saber se se drogam, se dormem com homens, mulheres ou ambos, se acham que é uma iguaria a boa da batata frita com ketchup, se apanham bebedeiras ou se drogam todos os dias... Desde que não me ponham ao barulho... irrita-me sim é que não aceitem a minha explicação de “não gosto” e ainda me diga “hum, tens de educar o gosto”. E aí lá vem a cara que tenho feito um esforço para controlar de Miss Iceberg “Mas eu não quero, porque haveria de querer?” com aquela expressão no olhar e sobrancelhas franzidas de “é que és burro!”

Porque será que tenho de justificar as minhas decisões pessoais, que não afectam ninguém, que não trazem consequências para ninguém somente a mim e sobre as quais tenho total consciência só porque não são iguais às da maioria da população? E o que me anda a ‘preocupar’ é que a minha margem de manobra de aceitar merdas e conversa da treta anda a diminuir a olhos vistos, ou seja, aquilo que tolerava aos 18, aos 27 dá vontade de ser brutalmente mal-educada (ou frontal, como diriam os holandeses).

E depois é aquela coisa de pertencer à geração dos 30+ e viva que nem adolescente... Tudo bem por mim mas QUE NÃO ME INCLUA! Ou quando pergunta “ah, estamos cá o mesmo tempo e já conheces tanta coisa”, eu responda “pois é... é que o dia tem 24 horas para toda a gente ;-)”

Esta merda destes seis meses nunca mais acabam!

(agora respirar fundo... A Vida É Bela e repleta de latinos :)

Ah... e sim, estou de volta :-)...

Regra numero um num pais catolico

Nao fazer piadas sobre religiao e muito menos brincar sobre a Maria e a sua virgindade...

Se e que quero continuar a fazer amigos

medinho, muito medinho da fogueira!

Monday, July 07, 2008

Just a couple of hours...

E estarei em casa...
:-)

Há concertos... e há Radiohead

Foi um concerto muito esperado (para os que conhecem a banda, desde o “Ok Computer”) e de espera (já que osbilhetes foram comprados em Dezembro).

As expectativas estavam altíssimas para um serão passado na companhia de Thom Yorke e amiguinhos. No trabalho, nos níveis de concentração apenas garantiram os “serviços mínimos”, e para isso, nada contribuiu os 30 graus que se faziam sentir na Laranjinha. E o friozinho no estômago foi crescendo em intensidade consoante as horas passavam. Resolvi não responder a e-mails que necessitassem mais do 1 neurónio e meio, não fosse sair-me uma daquelas anormalidades, frequentes nesta empresa (não sei com que regularidade o pessoal da casa tem concertos de Radiohead :-).

Como feedback geral devo dizer que embora estivesse à espera que fosse bom... afinal são os Radiohead, mas os gajos entraram directamente para o quadro de “Génios”.

Thom Yorke tem uma presença em palco incrível...Um piolhito de palmo e meio cantou, encantou, dançou, divertiu-se em palco... contagiante.

O último álbum foi passado a pente fino. E o que eu gosto deste album! Do melhorzito que anda por aí. Eu nem sequer consigo escolher uma favorita. É a rodar em loop sem carregar no triangulozinho com o topo voltado para a direita. Nada..... com interpretações mais ou menos parecidas ao do álbum. Fiquei, no entanto, a pensar como seria o Steps cantado na Tugolândia... Não nos imagino quietinhos a beber cervejinha e a bater palminhas...
Ficaram para trás aquelas old ones que queria que tivessem tocado (e não me refiro a High & Dry ou Creep) mas o “Bullet Proof... I wish I was” ou “Fake Plastic Trees” ou “Knives out” (com o clip do Michel Gondry)...
Momento alto… humm talvez escolha o “Everything in its right place" – a música que já por si parece ser incorporada de 3 outras músicas independentes e todas elas interpretadas em canon. De repente uma sobrepõe-se à outra numa harmonia depressiva (se é que fizer sentido, mas acho que é preciso conhecer a música e entrar no planeta yorkiano). Em concerto tem um formato mais longa e mais electrónica com a voz envolvente.
Com Amesterdão com céu azul a adormecer nas nossas costas! UAU
E como decisão para o segunda metade do ano: este Natal era um Thom Yorke... pode ser em prenda conjunta, empacotadinho ou em porção individual... não interessa... Sff para passar da Ilha da direita para a ilha sem código postais.
Tão lindinho!

Thursday, June 19, 2008

...dasse!...

Já não sei se quero ganhar por ser Portuguesa se para ver se o chefe não se ri amanhã... o chefe e o inglês que, para além de vir da Ilha, é tipo sarna, vence pelo cansaço e tem uma dor de cotovelo enorme pelos Ingleses não estarem lá.

Porra, é que não se calam!...

Se faz favor, é para ganhar!

Monday, June 16, 2008

Fel, muito fel…

É o que sinto ao início da manhã depois da selecção nacional ter perdido contra a Suiça.
O rectangulozinho habitua o resto da Europa a vitórias e a Special Ones e a CR7, e assim que derrapa, timba, é alvo de chacota e gozação... Agora já sei o que sentem os adeptos de grandes potências europeias.
Até agora reagi com piadinha...

...e Portugal a perder com Suiça...

Thursday, June 12, 2008

Medley de Cat Power performed by... Cat Power

A senhora deve ter ouvido que em Amesterdão os concertos eram em short-version e deu em bombardear músicas, uma coisa louca... deve ter despachado os cds e ainda deu tempo para mais uns coverzitos. Pareceu-me que só parava para respirar... mal nos descuidávamos e "olha, é outra!".
A presença em palco é parecido ao ambiente vivdo na IURD não que tenha experiência própria, como é óbvio, (tanto no tom de voz como na linguagem corporal).

Eu só estava à espera que ela tocasse esta música neste ritmo (e se estiverem com atenção conseguer perceber os movimentos um bocado à IURD).

Àparte disso, a mulher tem um vozeirão!

Adoro, adoro, adoro!

Fazer o aquecimento na aula de Body Balance ao som desta música.

"Viste o futebol ontem?"

Esta pergunta começa, lentamente, a substituir o Bom Dia, por terras Holandesas. Na ressaca da grande vitória Tuga sobre os Checos, da notícia da saída confirmada de Scolari para Inglaterra (eu sei que faço a festa sozinha, mas faço-a), as conversas são interessantes:

Mulheres Tugas há muito tempo na Laranjinha
A) Então viste o jogo?
B) Óbvio
A) Bem... eu por aquele Quaresma, acho que me divorciava
B) Então mas tu não achavas piada ao Baia
A) Ai, mas a forma como o equipamento cai no Quaresma acho que valia uma briga em casa... se visses o que dizem as holandesas dos nossos meninos...
B) Eu acho mais piada ao Veloso...
A) esse é miúdo, pá!
B) Tens o Pai...

Ingleses que fazem a Festa pelo Scolari ir para o Chelsea... 9 da manhã
A) O Scolari é dado como garantido no Chelsea (frase proferida antes do Bom Dia!)
B) Por isso é que ele andava a aconselhar o Ronaldo a ir para o Real... ver se ganha alguma coisinha
A) risos
B) Por mim é optimo... nem gosto dele como seleccionador
A) a parte boa é que ele vai trazer alguns jogadores portugueses... o Deco de certeza que vem com ele, o Carvalho já não vai para o Milão
A) deve ser...
B) e mais... garanto-te que o Ronaldo fica mais um ano no Manchester e depois ruma ao Chelsea
A) portanto o que vocês querem é levar os portugueses todos
B) Não, nós queremos é ganhar campeonatos
A) ou seja, levar os portugueses todos
B) (cara de enjoado)

Laranjinhas “eu-não-ligo-nada-a-futebol-antes-de-ter-ganho-aos-Campeões-do-Mundo”

A) Então logo à noite, a Itália?
B) Ah, eu nem ligo nada a futebol nem sei se vou ver!
Dia seguinte
C) bem viste o nosso jogo? Bem, eu acho que vamos à final.

Wednesday, June 11, 2008

Hã? É o quê?

Não sei se será do calor que, de repente, faz na Tugolândia misturado com o muito futebol e a aproximação a passos largos da silly season que faz o homem dizer certos tipos de disparates...ou então é consequência de ter passado a vida profissional entre gabinetes com ar condicionado e Universidades que o desintegraram da realidade... ou então crueldade pura!

Prometi para mim mesma que me iria escquivar de comentar o que se passa em Portugal pois não pago aí impostos – se bem que as raízes portuguesas e o ridículo de algumas situações é impossível ficar indiferente, mas esta pisa-me os calcanhares.

Portugal trata muito mal os “filhos da terra” quando oferece 600 € mensais, sem contrato ou quando despede uma mulher porque ela comete a insanidade de engravidar.

Às vezes lembro-me dos livros introdutórios de Economia que referiam que Portugal conseguia ter uma balança de pagamentos equilibrada devido às remessas de capital dos emigrantes. Parece que voltámos ao mesmo. No entanto, os emigrantes de agora não são os de há 50 anos atrás. Acredito que alguns possam sair para fugir à pobreza extrema mas cada vez mais os jovens saem à procura de realização profissional e, acima de tudo, porque não se sentem recompensados no seu próprio país.

Agora que peça às empresas que escolham um currículo internacional em detrimento do primo-em-segundo-grau-da-vizinha-do-primeiro-esquerdo...

Thursday, May 29, 2008

“Tuguinhá, tenho feijão coarrôis feito, quer vir jantá?”

Desde que aprendeu a expressão “Tuga”, “Tugolândia” não quer outra coisa.

O convite veio às 7 da tarde (que caso fosse holandesa teria como resposta “posso marcar um appointment 4f a uma semana, das 7 as 9, pode ser?) de um “excêntrico” brasileiro, que tem ar-condicionado em casa (e não aquecimento) pois “não suporto temperaturas acima dos 15 graus”. Hoje “ama Bethânia” porque “ela é tudo de bom” com a mesma volatilidade que amanhã a acha “chatinha, num-é-não?”. É um pagode e um prazer trabalhar com ele.

Adora cozinhar (abençoado) e faz um arroz de feijão que é uma maravilha. Ensinou-me a fazer pão de queijo (bom, bom, mas bom), ao qual ganhei o nome de “Maria Aparecida”, no sentido queridinho da palavra “ó Aparecida, cê é já da casa, dá pra mim a saladeira, faz favô?”. Samba e dança o mambo como ninguém e deixa-me voicemails mais ou menos “Pálhaçáda, vê se atende esse telemóvel”. Uma espontaneidade que nunca vi em ninguém!

Ah e se ainda não perceberam joga da equipa contrária! :-( O que, por outro lado, nos possibilita a ter diálogos como estes:

E: “esse grandão tem qualquer coisa! Gente, só de pensar...” (pronúncia brasileira)
A:”olha que eu acho que ele joga na minha equipa” (tuga)
E: “Tuga, você é muito fechada! Eu sou assim, super liberal, super aberto, assim, numa boa, ele gosta de mulher, tudo bem, sem preconceito, por mim aceito, sem exclusidade.”

E: “não! A espanhola veio novamente de bota branca! Ai, vou lá falar com ela! (pronúncia brasileira)
A : “mas estás louco?! Tens lá tu a ver o que é que ela calça” (tuga)
E: "Não, pára! Não viaja! Bota branca, não!” (pronúncia brasileir)
A: risos
E: “fála a sério! Eu não
saio contigo se voce me aparecer de bota branca”

E: queijo bom! É de portugal? Parece brasileiro...
A: é assim! Em alguns aspectos a colonização foi bem feita...

E: e eu que estava começando a gostar de você

E: Oi? Não entendo a tua pronúncia.
A: Qual pronúncia? Tu é que tens pronúncia... Mas estás doido. Português de Portugal ou é Português do Brasil?
E: Ahhh, vê se me erra!

Enfim, os exemplos poderiam continuar mas voltemos ao jantar: esta personagem, de vez em quando faz feijão com arroz para a “Tuguinha”.

Da última vez resolvi aprender: "ah, o segredo está no feijão e você experimenta fazer o refugado com bacon – só um pouquinho, não vai abusar”.

Muito bem, fim-de-semana seguinte lá fui eu com o objectivo de encontrar “feijão preto”. Qual não é o meu espanto que encontro esta marca por lá! Quer dizer então que tenho família envolvida em negócios por essa América Latina fora e não sabia de nada...

Lá segui as instruções do Mestre – 2 dias de molho para depois cozer melhor. Fazer o refugado em lume brando com os ingredientes normais (e poder acrescentar outros a gosto). E depois juntar o feijão, já cozido. E pronto! Nada mais simples.

Quando lhe liguei a contar a novidade, perguntou: “Ficou cozido? Assim, tenrinho?”. “Claro, agora deixava lá o feijão cru? Acho só que ficou um bocado para o picante”. “Mas ficou cozido mesmo? Muito bem, tuguinha estou impressionado?”.

Ainda não sei o que queria dizer com isto, mas parece que é difícil cozer feijão à primeira :)


Ah, e tenho mais algumas expressões para acrescentar:

  • “viajar na maionese”, significa ideias estapafúrdias
  • “barriga de tanquinho”, pessoa com abdominal definido... relacionado com os tanques tradicionais de lavar à mão. Um exemplo... hummm, Cristiano Ronaldo.
  • “falar abobrinha”, dizer disparates
  • “matar cachorro a grito”, desespero.
  • "boca de chupa ovos", pessoa que não tem lábio superior.

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