Sunday, September 28, 2008

Ai, vida!

Uma coisa que desgraçadamente me irrita (mas irrita mesmo, mesmo... daqueles níveis de irritação que se sente uma bola a subir desde o estômago até à porta do esófago e sabemos que, se abrirmos a boca sai uma enxurrada de palavras feias sem sentido... comparável... vá...a ouvir o Sôcras a falar em crescimento económico) é a capacidade que o ser humano tem de julgar o próximo. No passado, já tive a possibilidade de explicar a um Laranjinha que se fosse para ser julgada, preferia estar em Portugal já o tempo e a comida eram bem melhores.

E enganem-se os que pensam que esta coisa de apontar o dedo tem alguma coisa a ver com nacionalidade, credo ou sexo. Népias! Por e simplesmente, o simples facto de sermos seres pensantes, consideramos nós é que somos normais e tudo o que vai além disso é punível de julgamento. Para aquela que dorme com 8 homens num ano, a que dorme com 9 é que é promíscua. A que dorme com 50 é a outra que se embebeda de vez em quando é que não tem juízo. Para o que se embebeda de vez em quando, aquele que se embebeda todos os dias é que é doente. O que se embebeda todos os dias diz que os drogados é que são a vergonha da sociedade. E isto segue em todos os parâmetros da sociedade: para aquele que sai à noite sexta e sábado o que não sai é um atrofiado sem vida social. Para aquele que trabalha todos os santos dias da semana, o que apenas faz a sua função é que é um calão. Para aquele que apenas faz a sua função, o outro que resolve trabalhar para a promoção é um lambe botas. O que não casa é visto que nem um Don Juan irresponsável sem sentido de compromisso, versão elas ‘solteirona ficou para tia’, os que casam são vistos como acomodados!

Puxa!

E isto sempre foi assim... Agora o que me tem vindo a gerar cabelos brancos (força de expressão, não tenho nem um :) é o facto de ter de explicar TODO o santo fim de semana a uma comitiva de alemães que 1)não bebo porque não gosto do sabor e não é por princípio é só porque não GOSTO; 2) não ponho ketchup nem maionese nem mostarda nem aquelas coisas horrorosas que eles gostam PORQUE NÃO GOSTO DO SABOR; 3) não gosto dos típicos bares porque estão repletos de gente com as quais não tenho nada em comum, a música está altíssima (e normalmente MTV Hits, que por sua vez não gosto) e depois não tenho paciência para aturar gente alcoolizada.

Porra... quero lá saber se se drogam, se dormem com homens, mulheres ou ambos, se acham que é uma iguaria a boa da batata frita com ketchup, se apanham bebedeiras ou se drogam todos os dias... Desde que não me ponham ao barulho... irrita-me sim é que não aceitem a minha explicação de “não gosto” e ainda me diga “hum, tens de educar o gosto”. E aí lá vem a cara que tenho feito um esforço para controlar de Miss Iceberg “Mas eu não quero, porque haveria de querer?” com aquela expressão no olhar e sobrancelhas franzidas de “é que és burro!”

Porque será que tenho de justificar as minhas decisões pessoais, que não afectam ninguém, que não trazem consequências para ninguém somente a mim e sobre as quais tenho total consciência só porque não são iguais às da maioria da população? E o que me anda a ‘preocupar’ é que a minha margem de manobra de aceitar merdas e conversa da treta anda a diminuir a olhos vistos, ou seja, aquilo que tolerava aos 18, aos 27 dá vontade de ser brutalmente mal-educada (ou frontal, como diriam os holandeses).

E depois é aquela coisa de pertencer à geração dos 30+ e viva que nem adolescente... Tudo bem por mim mas QUE NÃO ME INCLUA! Ou quando pergunta “ah, estamos cá o mesmo tempo e já conheces tanta coisa”, eu responda “pois é... é que o dia tem 24 horas para toda a gente ;-)”

Esta merda destes seis meses nunca mais acabam!

(agora respirar fundo... A Vida É Bela e repleta de latinos :)

Ah... e sim, estou de volta :-)...

Regra numero um num pais catolico

Nao fazer piadas sobre religiao e muito menos brincar sobre a Maria e a sua virgindade...

Se e que quero continuar a fazer amigos

medinho, muito medinho da fogueira!

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