Thursday, April 26, 2007

Now What?

Sempre!


Trinta e três anos volvidos

Interrogo ainda o vento

Porque me tolhem os sentidos

Ao cabo de todo este tempo

O vento sopra lá fora

Alheio a tanto desgosto

De que serve Abril agora

Senão para esconder o rosto

Madrugada sem igual

De abraços entre irmãos

Que enalteceu Portugal

E te esvazia agora as mãos

Ai meu país saqueado

Pela plebe, poder ou gentios

Andas mais desgovernado

Em devaneios doentios

Traz-me notícias ó vento

Aquelas... do meu país

Faz-me recuar no tempo

Para emendar o que fiz

Não quero apagar a história

Nem elogiar outros tais

Quero reter na memória

Aqueles meus ideais

Quero voltar a cantar

Com garra e com ousadia

Quem sabe melhor votar?

Ter orgulho neste dia

(eu tambem...)

José Mário Branco



Friday, April 20, 2007

Greves na Holanda

Coming Monday actions in bustransportation

The unions have annoced that starting Monday 23 April 2007 they will take action to support their demands for a new collective agrement for the local public transportation. The affected companies ((Connexxion, Arriva, Hermes en Veoliais) were given an ultimatum that passed on Friday 20 April 2007 at 12.00.

Until 09.00 the busses will operate, but no pass checks will be done.
Between 09.00 and 16.00 no busses will operate. Between 16.00 and 19.00 busses will operate, but no pass checks will be done.

MAI NADA!

Friday, April 06, 2007

Muito Muito Bom

Gatinhos a Governo!

Tuesday, April 03, 2007

Addicted to...

This...

Não sou grande fã do género, mas desde que ouvi Dialectos da Ternura pela primeira vez que fiquei viciada pela música. Saber que o álbum tem a participacão do painista Bernardo Sasseti, do escritor Jose Luis Peixoto, do maestro Rui Massena e da Orquestra Sinfonica de Praga, dos Gatinhos, ainda me deixa mais curiosa.

Já tive o privilégio de ouvir Negócios Estrangeiros e Bora Lá Fazer a Puta da Revolução, e tenho assim que a sensação que poderemos estar perante de um grande album. Fica o videoclip. “Em cada beijo, há uma frase, em cada frase há um verso, em cada verso há um lado do lado inverso. Uma história que ensombra a memória da leveza irrisória de uma conquista notória Faço V de vitória, porque hoje eu sou rei ao lado da rainha com que sempre sempre sonhei. Foi por isto que esperei em cada noite que amei ou pensei que amei, porque é agora que eu sei a razão da palavra consagrada que tanta gente dá á toa, em troca de quase nada Ela não ‘ta espantada, pelo contrário relaxada Revê-se na expressão da expressão enamorada E diz-me...”. É muito bom.


O que é muito bom (e também não sou fã do género) o projecto Mundo Cão que junta o baterista dos Mão Morta com alguns músicos conhecidos, com letras de Adolfo Luxúria Canibal à voz do actor Pedro Laginha (para mim, um ods melhores actores portugueses e que aqui também não eta nada nada nadinha mesmo mal). Fica o single de lançamento “morfina”...




Sunday, April 01, 2007

Sushi baby

Amo-te mais agua que as torneiras,
Amo-te muito mais alto que as nuvens,
Amo-te mais vento que as tempestades,
Amo-te mais...
Amo-te mais palavras que um livro,
Amo-te muito mais noites que o verão,
Amo-te mais longe que o Japão,
Amo-te mais, mais...
Sushi baby: amo-te mais, mais...
Sushi Baby:
Amo-te mais e mais e mais e mais e mais...
Amo-te mais palavras que um livro,
Amo-te muito mais noites que o verão,
Amo-te mais longe do que o Japão,
Amo-te mais, mais...
Sushi Baby: amo-te mais, mais...
Sushi baby: amo-te mais e mais e mais e mais e mais....
Mais e mais e mais e mais e mais...Mais e mais e mais e mais e mais.......



Não, nada disso... Só forma de introduzir o workshop da semana, com uma música que é uma piroseira de todo o tamanho mas que cria vício! Uma pessoa ouve esta música de manhã e fica-se com o "Sushi baby" do refrão na cabeça all day long.
Começar o fim-de-semana com Workshop de Sushi... 1 inglês fanático pelo Liverpool, a namorada Finlandesa que pensou que eu era Nórdica; um casal de Ingleses; uma Canadiana; aqui a Ana, uma Dinamarquesa, um Alemão, uma Dutch e um Libanês... Ui Libanês.. os olhos até brilharam... Infelizmente ficou no lado oposto da mesa, caso contrário, iria certamente ser abarbatado logo desde o início da noite.
Fazer sushi é comparável aos Trabalhos Manuais do Ciclo (ou EVT, para os mais piquenotes), na parte do barro, mas com comida – o arroz pegava-se às mãos, ou
apegava-se, conforme queiram – mas é muito divertido, principalmente se forem todos principiantes.

By the way, a rapariguinha que nos deu o workshop informou-nos que, no Jap
ão, para se poder "cortar" o peixe, são necessários 5 anos de estudo sendo que, no exame final, a pessoa tem de comer o proprio peixe. A parte engracada da questão é que o dito cujo é venenoso. Corta mal a coisa e vai desta para melhor! 5 anos de estudo para poder CORTAR PEIXE! Por isso, se algum minorca vos disser que PODE CORTAR PEIXE NO JAPAO, significa que o gajo tem Master na coisa (ou que estudou na Univ. Independente). Aqui, como somos modernacos, bastam-nos 3 horas, com direito a comer tudo o que nos passava pela frente temperado com maionese made in USA, e VINHO PORTUGUES... Até poderia referir qual é (pois até era conhecida, mas em assuntos de Elixir do Baco, passa-me tudo um bocado ao lado...

Enfim... tive a minha dose de peixe cru por 1 mês...

... ou um ano...

Seguimos para o concerto do Chefe... música demasiadamente alta, muito fumo e demasiada gente para um espaco diminuto... Bem, acabei de definir Amesterdão.


Se quiserem pormenores v
ão aqui.


Depois rumámos a um pub altamente Liverpooleano (by the way, tendo como objectivo o teambuilding, reconhecimento pelo bom trabalho, blablabla, o manager do menino inglês resolver OFERECER BILHETES PARA O EINDHOVER - LIVERPOOL desta semana para a EQUIPA toda... o rapazinho com sentido de humor (sim e é inglês) fez-me o seguinte comentários, no intervalo de um gole de um copo de litro e meio de cerveja "so para te comecar a conhecer... esse é o teu olhar de inveja?". Funny funny boy...

At
é podia ter ficado com a cara de "és pouco parvo és!" mas por esta altura já tinha conseguido o lugar ao lado do libanês e desatei, tal-e-qual a Dutch, a disparar perguntas sobre a situacao actual do pais dele. ressalva feita que o pus a vontade para me mandar calar (coisa que os Dutch nao fazem). Saliento 2 respostas...

Perguntei-lhe se considerava o Hezbollah um grupo de terroristas. Respondeu-me com uma pergunta: se poderia considerar, num pais que nunca teve Paz desde a I Grande Guerra um grupo de 'terrorista' que e constantemente atacado no seu proprio pais.E que sim, embora reconhecesse quetinham pudessem ter bombistas ou radicais era um facto que osOcidentais não ajudavam, quando pensam e decidem o que é melhor para a região. Referiu que pode visitar Bint Jbeil depois do “massacre” – palavra dele – onde morreram mais de cem pessoas – civis, mulheres e crianças.
Perguntei-lhe se acreditava se alguma vez iriam conseguir Paz no Médio Oriente. Respondeu-me que sim, se os EUA e a Europa deixassem de interferir nos problemas internos e deixassem considerar que sabem o que é melhor para o resto do Mundo e se deixassem de impor o conceito Ocidental de Liberdade, que eles não compreendem nem sequer têm qualquer apego histórico. Que têm, é certo, grandes culturais e diferentes religiões que poderão ser a causa para as guerras, mas que se sentia um pouco como a ex-joguslávia... é muito muito fácil pegar fogo quando se tem algo altamente inflamável por trás. E como ele referiu “infelizmente têm petróleo".
Houve um algo que disse que não deixei de sentir, de certa forma envergonhada. “what YOU did in Iraq...” . E é bem verdade WE did it. E como cidadã portuguesa e europeia, não posso deixar de sentir responsável, nem que seja pela inacção. O Continente que fez a Revolução Francesa. E que, a bem dizer, não temos nenhum Bush que possa servir de front face para o está por trás.

(mas tentou mudar de asunto algumas vezes. Não fosse o facto de ser curiosa na 5ª casa e de ter adoptado o método Holandês de ser brutalmente frontal, não tinha conseguido resposta alguma... Penso até que tentou fugir, mas enfim... Umas horas de boa conversa com um Não-Alienado)

Outra coisa que começa a ser quase como Regra: os motivos de ter saído do meu País só são identicos a pessoas originárias de um país de terceiro Mundo. E já me perguntaram meia dúzia de vezes “mas vocês fazem parte da UE”... E sinto falta do meu “Pois...”

PARABÉNS Rapaz! Eu não me equeci... a bem dizer, lembrei-me, esqueci-me, lembrei-me esqueci-me e equeci-me, esqueci-me e lembrei-me no 1º de Abril.

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