Sunday, October 12, 2008

Partido S... in the house

(o S é de quê mesmo?)

A coisa que eu mais gosto neles e que nunca nos surpreendem. Até podemos por a bitola baixa, que podemos sempre contar a constância dos gajos que estão no poder. Nunca há aquele tremor do “ai que eles agora vão fazer uma coisa que implique coragem”. Nada! Sabemos que dalí só saem decisões com alto nível de coerência. E acho bem porque de loucuras já tivemos os Descobrimentos há 500 anos atrás. Os outros que façam o resto.

E não, não me refiro às medidas governamentais para contrariar a crise pois, para além de serem anedóticas, parece-me que é conteúdo para os Gato... Deixai-os trabalhar! Mas que me dá um certo gozo ouvir um certo Professor de uma certa Universidade fazer referência a Keynes, lá isso dá. (Aliás deveria ser conteúdo de uma qualquer cadeira introdutória de Economia :
“O que não fazer”... ou melhor “Que medidas tomar para parecer que se faz qualquer coisita que tenha impacto no curto prazo”.

Ouvi, toda a manhã de sexta-feira comentários sobre casais gays e a história de os deixar casar ou não deixar casar e sobretudo o chumbo da proposta de lei de Os Verdes e do BE.

Uma pergunta que gostava de ter feito: apesar de compreender as preocupações do M. Alegre com a Juventude Socialista pois deveria ser mais activa aquando da discussão do pacote laboral que O SEU PRÓPRIO PARTIDO elaborou, em que é que a vida de Alegre ou a minha própria vida ou a de qualquer outro mortal é afectada pelo facto de os gays poderem casar?

Parece conversa de crianças “andam preocupados com o casamento gay mas com o resto não se preocupam eles”... é um bocado aquela coisa do “chumbei a matemática mas o teu pai é gordo”. O que é uma coisa tem a ver com a outra?

Agora outra perguntinha: eu vou ser obrigada a casar? Se vou, pois bem, aí compreendo a preocupação e até votaria não em caso de referendo e se gays quiserem que vão a Badajoz. Agora se a minha condição de mulher, de cidadã, de ser humano não se altera, porque raio é que há tanta especulação à volta deste assunto? Em que é que altera a minha vidinha se o João herda a casa do José por estarem casados? Ou se a Maria pode ir visitar a Joana ao hospital?

Parece aquele video do Marcelo relativamente à IVG. “é discriminação? É. Mas vai votar contra? Sim”

Gostei particularmente e é de salientar, as justificações do PS
“não está no programa eleitoral”. Hmmm então e o referendo Tratado de Lisboa – ok ou à Constituição Europeia - não estava lá? "Não é oportuno”… Não é oportuno para acabar com discrimação declarada? "Falta de discussão na sociedade portuguesa" Eu vou ter de discutir se fulana A e fulana B devem ou não devem casar? Eu, que não quero que se metam na minha vidinha, vou ter de perder tempo a meter-me na vida privada dos outros?

Claro que, convenhamos, 2009 é ano de eleições. Parafraseando o José Manuel Pureza “falta muita espinha vertebral à classe política.” E infelizmente, é um bocado como o RAP (e sim, bem sei que é a 3ª refêrencia aos rapazes) respondeu quando lhe perguntaram o que faziam quando algum deles trazia uma piada muito fraquinha “nós agradecemos, pomos no programa o povo português… papa”.

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