Monday, November 26, 2007

O menino bonito está de volta

Apesar de consciência que a música até nem é muito boa e de os trabalhos parecerem um bocado pastilha elástica Trident daquelas novas com sabor prolongado já que é um bocado mais do mesmo, acho piada ao Rapaz... tem assim aquele aspecto intelectualóide-cool-despreocupado-à-Bloco-de-Esquerda.

E como tenho, segundo alguns, um gosto obsessivo por covers, acho mesmo um piadão ao "Rocket Man" do Sir (ou Lady, para as más línguas) Elton John.


Só para dizer...

... que gosto mesmo muito desta música.

Disponível na colectânea Lisboa, um trabalho de homenagem à capital.

Wednesday, November 21, 2007

Para mim, este Natal era um Jose Gonzalez, ssf

Como é que um homem que passa o concerto todo sentadinho e mais de metade sozinho apenas com uma guitarra consegue por os Holandeses (ou seja, nórdicos) a participar? Quando se é muito bom!

O concerto de Jose Gonzalez veio mais uma vez provar (como se fosse preciso) que não é necessário grandes produções para se ter um grande momento musical.

De salientar o cover que fez da Kylie Minogue (sim, sim, essa mesma) numa versão que ficou divinal e que foi seguida pela Teardrop.

Ficam as 2 versões. Um conselho: ouçam primeiro o da Minogue pois de outro modo, até assusta quando, depois de ouvir o Menino, ela começa a cacarej... cantar.

Casual Friday

Para mim, eram causal Fridays todos os dias da semana.

Ainda gostava de saber quem é que lhes meteu naquelas cabecinhas que eles ficam bem é de fato e que são mais respeitáveis, ah e tal contacto com o cliente! Seja quem for merece castigo... (humm sugiro que seja ver o Lion for Lambs).

Há um Japa que não tem piadinha nenhuma nos 4 dias de semana – mas mesmo piadinha nenhuma – excepto à sexta, dia em que coloca os tenizinhos da adidas, as calças de ganga de bainhas distorcidas a t-shirtezinha e um daqueles blasers à subúrbio londrino. Impossível passar despercebido – e olhem que sou distraída...

Até o chefe que é um alemão desinteressante (como chefe é 5 estrelas e está sempre pronto para a paródia) e que quanto a mim (e dado a minha grande, grande capacidade de maldizente) é um dos que joga na equipa contrária mas que ainda não se descobriu, à sexta-feira parece um Richard Gere (ok, menos, mas bem giro).

Não sou apologista do abandalhamento (sou mas não fica mal dizer) mas não há nada que chegue ao informal. Lavar os olhinhos à sexta-feira, é o que é.

Há mais um motivo para gostar da aproximação do final da semana.

Nãaaaaaaaaaaaaaaooooo!

A lista de Favoritos desapareceu… Todos os blogs que lia, todos os sites sobre música, cinema, todos os jornais pelos quais passava os olhos, todas as empresas que por uma razão ou outra tinham lá o link. As organizações não governamentais. A infindável lista de empresas “socialmente responsáveis”. As organizações de actividades na Holanda. A imensidão mas mesmo imensidão lista de artigos “é interessante mas agora não tenho tempo”.
Centenas e centenas de links que faziam as delícias do meu quotidiano desapareceram. Horas e horas de pesquisa! Assim, sem mais nada!
Ó bolas... a nova pasta de fotografia – que tanto trabalho deu a organizar foi-se também. Oh caneco, a pasta das viagens também! Há lá direito?!

Monday, November 19, 2007

de volta a casa...

Concerto da semana: o sueco Jose Gonzalez! O Senhor que compôs e interpretou a música das bolas saltitonas da Sony e que, com novo álbum, saiu-se com um cover de teardrop do Massive Attack muito bom!

é o que dá não seguir instintos....

Embora o título fosse apelativo já tinha franzido o nariz quando vi o trailer. "humm, americanada contra as Guerras no Médio Oriente (das quais eles são responsáveis.. enfim, eles e nós) mas a valorizar o povo americano, etc, etc". Tinha ficado na lista "a não ver", apesar do grande elenco.

Mas aquela noite apetecia ir ao cinema. As opções não eram muitas - a Nicole Kidman deve ter esvaído o cérebro aquando do estrago que fez à cara, uma comédia romântica, as sequelas - que se lixe bora lá ao "Lions for the Lambs".

Por considerar que independentemente de gostar ou não gostar qualquer pessoa que se dá ao trabalho de "criar" algo não merece ser maltratado e por não me considerar capaz de julgar o esforço dos outros (e a bem dizer a classe pela qual tenho menos respeito é a dos críticos/comentadores) que não analiso qualitativamente o filme.

Se aconselho aos meus amigos? Parafraseando o Mestre "Só se Hitler fosse meu amigo". De resto, prefiro que batam umas boas vezes com a cabeça na parede pois acredito que seja uma experiência muito menos dolorosa do que ver o filme.

Sinceramente, preferia ver a Meryl na cena "oh-pá-gosto-tanto-de-ti-mas-sou-casada-bora-lá-ter-um-caso-mas-no-fim-já-sabes-que-tenho-de-ficar-com-o-meu-marido -mas-daremos-um-beijo-ao-som-de-uma-musiquinha-larilas-mas-que-fará-até-o-mais- macho-ficar-com-pó-nos-olhos" com o Redford.

De resto... sem palavras. Gostaria de pensar que a Meryl foi fazer o filme do amigo e nem sequer teve noção no que se estava a meter.

Deixo-vos o trailer (mas não me responsabilizo por qualquer adormecimento de neurónios.




Olaré!

Olá Miúda,
regressei hoje de Praga e tive (finalmente tempo) de passar pelos correios.

Se tu vieste apaixonada de Barcelona o mesmo me aconteceu na cidade de Milan Kundera. Excepto que eu não tenho anilha :-). É linda, linda, linda! Quase tão linda como Lisboa (e olha que não estou a exagerar).

deixo-te aqui o meu agradecimento (adorei o pormenor do Avante), 5* (deves andar outra vez com a mania da Revolução, com certeza... (pá: eu já criei o blog), mas se quiseres posso começar com "contra o capitalismo, contra a exploração do homem pelo homem, contra o imperialismo norte-americano).

Mas amei a obra de arte do Capricorniano preferido. E olha que posso mesmo considerar obra de arte depois de ter visto umas em Praga... upa upa! Adorei o Sol e o "Gato"(??).

O que me faz lembrar... opá... os Gatinhos... os 4! Tão lindinhos! Obrigada. Um pouquinho de Portugal. Neste momento tenho a doida a ler-me a Sábado "como ser amante latino em 3 lições" - (hummm... discretamente mostrar aos nórdicos... humm)

Quanto ao meu motivo para rir... espero pormenores... dos mais escabrosos, ssf (já que a Menina não tem acesso aos novos namorados da Elsa Raposo ou dos porradões do Mourinho - por isso rio-me contigo).

um beijo do tamanho das minhas gargalhadas ao ler o que enviaste!
Vai contando as novidades do novo trabalhinho!

Sunday, November 11, 2007

A insustentável leveza do ser...

Estarei por aqui nos próximos tempos...

A diferença entre Portugal e Espanha

Por norma não gosto dos espanhóis. A cena dos Filipes, o Ego do tamanho do império que já não têm, a cena do ah e tal só falo castelhano, ah e tal não sou espanhol sou catalão, ah e tal não sou espanhol sou galego... tretas é tudo espanholada e gente a evitar (à excepção dos meus amigos espanhóis, dos sapatos Camper, dos filmes do Almodovar, das colecções da Agatha Ruiz de la Prada, da Mamatayoe e outras coisinhas).

Mas de vez em quando temos notícias destas e fico a pensar "e se este gajo fosse português?". Não imagino o Pseudo-engenheiro a dizer isto sobre o Menino Guerreiro ou o Shorty a defender o Bochechas.

Aliás pensando nos últimos eventos nem me parece que isto pudesse acontecer em situação intra-partidário.

Hoje (e só hoje) e por raros momentos de irracionalidade tive pena de não ser espanhola.



Saturday, November 10, 2007

Há amores assim...

A minha banda sensação portuguesa está com novo trabalho (finalmente, digo eu :). Depois de um estonteante primeiro album, os Donna Maria, lançam "Música Para Ser Humano". o single de lançameto, Há Amores Assim, faz aumentar a expectaviva de tão bom que é.

Pensar que tem a participação do Luís Represas, Rui Veloso, Rão Kyao e do grande Júlio Pereira deixa-me em pulgas para poder ir até à FNAC.

Já agora, vale a pena passar por aqui. Um grande, grande trabalho de um Senhor da Música Portuguesa.

Museumnacht

A noite em que Amesterdão abre as portas de museus e de instituições pela noite fora. Organizam-se actividades, exposições, muita arte, design, música e muita diversão.

As meninas resolveram começar pela exposição Barcelona1900 (uma desilusão até porque o panfleto referia tapas e as inocentes esqueceram-se que eram tapas à la holandesa) organizada no Van Gogh. Enfim, para esquecer. Pela publicidade que foi feita esperava algo que fizesse mostrasse um pouquinho do charme da cidade do Sô Gaudi. Mas qual quê? Quem não conhece a cidade convenhamos que não se decidirá a visitá-la por causa da exposição.

Enfim, desiludidas lá decidimos que o melhor seria ir até ao De Oude Kerk, já que nos disseram que no ano anterior estava cheio de ritmos étnicos e workshops de dança. Resolvemos experimentar.

Pelo caminho parámos no Theatermuseum e aí fizemos a nossa noite. Worshops de todo o tipo de dança, gente bem disposta, muita animação. Como estávamos numa da palhaçada pusemo-nos a encarnar personagens. Aqui a menina ficou com a parte da gueisha. Trabalhando numa empresa Japonesa, não há nada como precaver o futuro ;-). (Brincadeirinha...). A fotografia revela uma parte da caracterização.

Muito, muito divertido. Como disse a brasuca: as pessoas é que fazem o lugar maió mole antes de chegarmos. Nota: começar a pensar que o Potuguês é falado um pouco por todo o mundo. Porquê? Quando estava a ser "pintada" um senhor entrou e tirou fotos. Fizemos alguns comentários em português e por mera casualidade nada de muito mauzinho. Até que o senhor abriu a boca e perguntou "você é profissional?", na língua de Camões. Até gelámos... Se tivesse ficado calado mais 5 minutos provavelmente teria ouvido algum comentário pouco simpático à sua pessoa.

O reultado final ficou bem engraçado, mas porque isto das palhaçadas também tem limites não ficarão online.

De caminho para o De Oude Kerk ainda parámos numa igrejinha com grandes marcos da Holanda. Fiquei a saber que os Beatles passaram por cá. Engraçado ver as holandesas em histeria. É algo que não se espera de um povo nórdico.

Oude Kerk, uma desilusão. Seguimos para a exposição do Andy Warhol no Stedelijk Museum e é simplesmente incrível. Grande exposição. Garantidamente que vou passar por lá para ver com mais calma e menos gente.

Concluindo, no próximo ano vou sem planos, já que os sítios onde nos divertimos foram aqueles que encontrámos por acaso.

É uma iniciativa interessante de se fazer em Portugal.

Português???

Desde que a miúda do país que tem a música mais incrível do mundo (ou seja, Brasil) começou a fazer parte da minha vida, várias expressões chegaram até mim, que são de soltar gargalhadas.

Exemplos:

“Livro dos porquinhos. Bacana, né?”, tradução “O triunfo dos Porcos”

“Ah, qual é? Vou-me garantir em casa.”, ou seja, não saio de casa sem comer

“xuto logo o balde”, significa por pos pontos nos is (e xuta mesmo).

“e aí guria, tudo bem”, entendível.

“Vai ficar em casa? qual é guria, bora paqueirar, né?” e atenção que, com aquele sotaque incrível diz-se qualué?.

“puta merda, é pepino atrás de pepino”, sem esquecer o “r” enrolado e “pipino”.

“agiliza, guria, agiliza”, esta é a minha preferida, no nosso português o vulgo ‘toca a mexer’.

Começar as frases com puta ("puta, tá um calô! Té tô agoniada. Vim botar um shortezinho" ou “puta, tinha de ver”)

“hoôie- hoôie, tô de fachina”, a primeira parte é para ser cantada com o ritmo da música da escrava Isaura.

“Tô ralando que nem cadela” equivalente ao “trabalhar que nem uma moura”

"maió mala, meu", quando o gajo é chato, vem do facto da mala de mão ser pesada de carregar

"gente embaçada", a engonhar...

E a lista pode continuar...

Mulheridades - Uma hecatombe de desregradas

O convite veio virtual: que tal um blog de mulheres, sobre mulheres e para mulheres - ou homens curiosos que queiram por lá passar.

Vamos lá ver no que dá, mas as expectivas são elevadas. Os primeiros posts já lá estão e já são responsáveis por sorrisos de solidariedade.

A partir de agora estarei aqui também.

Problemas colocados em perspectiva

T começou a trabalhar connosco um par de meses depois de mim. Ascendência Indiana, criada entre o gigante asiático e os Estados Unidos ao que se pode acumular mais 10 anos de trabalho na Europa. Todos os dias aparece com um sorriso rasgado, um olhar que brilha entusiasmo e tem sempre, mas sempre uma palavra de encorajamento e um pragmatismo incrível.

Quando chegou, a empatia foi imediata. Nomeadamente porque em momentos de crise, em que tudo corre mal e até dá medo olhar para e-mails ela saiu-se com a brilhante frase “hey, it’s just work. And work it’s just distraction! Let’s have fun”. E não é que tem razão? Ou quando nos pergunta (e pergunta com alguma frequência): “hey, how are you?” e institivamente a reposta começa com “this supid system is not working again” e ela com uns olhos negros enormes que relevam uma honestidade incrível “that’s work and how are you?”.

Há relativamente pouco tempo disseram-me que o marido tinha falecido e que, por causa disso, tinha ido com os filhos passar uma temporada nos EUA. Metia-me confusão o facto dela tratar o marido no presente. Agora percebo porquê: o marido está incapacitado (física e mentalmente) devido a um acidente coronário. Desde o acidente que foi tentar a recuperação nos EUA e Índia. Voltou há algumas semanas à Holanda. Depende dela para tudo.

Menos mal, pensei. Agora, não sei se será bem assim. De um momento para o outro ela ganhou outra passoa, para além dos filhos, que depende dela para tudo e que, por vezes, não a reconhece. Para além de, no mesmo momento, ter perdido o companheiro, marido ou como ela se refere a ele, com um enorme brilho o olhar “o homem da minha vida”.

Todas as manhãs, depois da correria matinal que qualquer família enfrenta, ainda tem de se preocupar se a enfermeira chega a horas, verificar se os comprimidos/tratamentos/consultas acontecem . Isto porque não “há camas disponíveis para o marido num centro de recuperação em toda a Holanda”. – pois é, não é só em Portugal.

E todas as manhãs quando chega ao escritório tem um sorriso para partilhar e pergunta-nos “how are you?”

Faz-nos pensar...

PS – já me referiu algumas vezes que eu estaria bem a trabalhar numa ONG (ou em consultoria). Não disse que sim nem que não mas preferia a primeira.

Friday, November 09, 2007

um àparte

Pela vista de olhos que dei pela proposta de Orçamento de Estado, bato palminhas por não pagar impostos em Portugal. Pelo menos os meus são para pagar aos lontras dos holandeses. O "livro dos porquinhos", como lhe chama a outra, é espelhado em Portugal com requintes de malvadez. Tanto cavalinhos que por aí há. O que vale é que, de vez em quando, aparece um suíno a agradecer os esforços e o pessoal fica contente.

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