Thursday, January 03, 2008

Praga e a Cultura

Uma das coisas porreiras de viajar para uma cidade desconhecida com latinos é o facto de não haver planos. Há uma série de ideias desorganizadas e sítios a visitar mas nunca um plano previamente estabelecido. Os planos vão ocorrendo ao longo do dia.
Ora, ainda nos estávamos a habituar ao frio quando esbarrámos com um edifício lindíssimo. Dado o enrelegamento do grupo, resolvemos entrar. Era um (dos muitos, viemos a descobrir mas tarde) sítio de espectáculos, a Prague State Opera.
Entrámos, havia bilhetes disponíveis, estava quentinho, e porque não: dança contemporânea ao som da música de Philip Glass (compositor de inúmeras bandas sonoras como As Horas ou The Fog of War - filme que passou despercebido em Portugal mas que aconselho vivamente) e de Dead Can Dance (grupo da música da dita alternativa cujos membros têm projectos individuais nas quais se incluem algumas bandas sonoras que não tenho na memória).
O interior é de uma beleza incrível, inspirada na Opera de Viena e os preços... pagámos aproximadamente a extraordinária quantia de 2 euros.
Inspiradas pela oferta musical que a cidade nos oferecia, ainda tivemos tempo para ver Rigoletto, de Verdi - para quem não está lembrado, é aquela que diz que "la donna e mobile" que o Pavarotti costumava cantar. Pois é, por uma opera, com orquestra, esbanjámos cerca de 8 euros.
Para acabar em beleza ainda tentámos ver o Romeu e Julieta no National Theater - que encontrámos por mero acaso - mas já não havia bilhetes disponíveis. Ao invés resolvemos ver o Lions for Lambs que, enfim.. não tenho nada a acrescentar... mas regozijo-me de não ter nomeações para os Globos de Ouro! Perante as barbaridades que li, acredito que haja muito bom crítico de cinema desiludido.

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