Thursday, April 26, 2007

Sempre!


Trinta e três anos volvidos

Interrogo ainda o vento

Porque me tolhem os sentidos

Ao cabo de todo este tempo

O vento sopra lá fora

Alheio a tanto desgosto

De que serve Abril agora

Senão para esconder o rosto

Madrugada sem igual

De abraços entre irmãos

Que enalteceu Portugal

E te esvazia agora as mãos

Ai meu país saqueado

Pela plebe, poder ou gentios

Andas mais desgovernado

Em devaneios doentios

Traz-me notícias ó vento

Aquelas... do meu país

Faz-me recuar no tempo

Para emendar o que fiz

Não quero apagar a história

Nem elogiar outros tais

Quero reter na memória

Aqueles meus ideais

Quero voltar a cantar

Com garra e com ousadia

Quem sabe melhor votar?

Ter orgulho neste dia

(eu tambem...)

José Mário Branco



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