Sunday, April 01, 2007

Sushi baby

Amo-te mais agua que as torneiras,
Amo-te muito mais alto que as nuvens,
Amo-te mais vento que as tempestades,
Amo-te mais...
Amo-te mais palavras que um livro,
Amo-te muito mais noites que o verão,
Amo-te mais longe que o Japão,
Amo-te mais, mais...
Sushi baby: amo-te mais, mais...
Sushi Baby:
Amo-te mais e mais e mais e mais e mais...
Amo-te mais palavras que um livro,
Amo-te muito mais noites que o verão,
Amo-te mais longe do que o Japão,
Amo-te mais, mais...
Sushi Baby: amo-te mais, mais...
Sushi baby: amo-te mais e mais e mais e mais e mais....
Mais e mais e mais e mais e mais...Mais e mais e mais e mais e mais.......



Não, nada disso... Só forma de introduzir o workshop da semana, com uma música que é uma piroseira de todo o tamanho mas que cria vício! Uma pessoa ouve esta música de manhã e fica-se com o "Sushi baby" do refrão na cabeça all day long.
Começar o fim-de-semana com Workshop de Sushi... 1 inglês fanático pelo Liverpool, a namorada Finlandesa que pensou que eu era Nórdica; um casal de Ingleses; uma Canadiana; aqui a Ana, uma Dinamarquesa, um Alemão, uma Dutch e um Libanês... Ui Libanês.. os olhos até brilharam... Infelizmente ficou no lado oposto da mesa, caso contrário, iria certamente ser abarbatado logo desde o início da noite.
Fazer sushi é comparável aos Trabalhos Manuais do Ciclo (ou EVT, para os mais piquenotes), na parte do barro, mas com comida – o arroz pegava-se às mãos, ou
apegava-se, conforme queiram – mas é muito divertido, principalmente se forem todos principiantes.

By the way, a rapariguinha que nos deu o workshop informou-nos que, no Jap
ão, para se poder "cortar" o peixe, são necessários 5 anos de estudo sendo que, no exame final, a pessoa tem de comer o proprio peixe. A parte engracada da questão é que o dito cujo é venenoso. Corta mal a coisa e vai desta para melhor! 5 anos de estudo para poder CORTAR PEIXE! Por isso, se algum minorca vos disser que PODE CORTAR PEIXE NO JAPAO, significa que o gajo tem Master na coisa (ou que estudou na Univ. Independente). Aqui, como somos modernacos, bastam-nos 3 horas, com direito a comer tudo o que nos passava pela frente temperado com maionese made in USA, e VINHO PORTUGUES... Até poderia referir qual é (pois até era conhecida, mas em assuntos de Elixir do Baco, passa-me tudo um bocado ao lado...

Enfim... tive a minha dose de peixe cru por 1 mês...

... ou um ano...

Seguimos para o concerto do Chefe... música demasiadamente alta, muito fumo e demasiada gente para um espaco diminuto... Bem, acabei de definir Amesterdão.


Se quiserem pormenores v
ão aqui.


Depois rumámos a um pub altamente Liverpooleano (by the way, tendo como objectivo o teambuilding, reconhecimento pelo bom trabalho, blablabla, o manager do menino inglês resolver OFERECER BILHETES PARA O EINDHOVER - LIVERPOOL desta semana para a EQUIPA toda... o rapazinho com sentido de humor (sim e é inglês) fez-me o seguinte comentários, no intervalo de um gole de um copo de litro e meio de cerveja "so para te comecar a conhecer... esse é o teu olhar de inveja?". Funny funny boy...

At
é podia ter ficado com a cara de "és pouco parvo és!" mas por esta altura já tinha conseguido o lugar ao lado do libanês e desatei, tal-e-qual a Dutch, a disparar perguntas sobre a situacao actual do pais dele. ressalva feita que o pus a vontade para me mandar calar (coisa que os Dutch nao fazem). Saliento 2 respostas...

Perguntei-lhe se considerava o Hezbollah um grupo de terroristas. Respondeu-me com uma pergunta: se poderia considerar, num pais que nunca teve Paz desde a I Grande Guerra um grupo de 'terrorista' que e constantemente atacado no seu proprio pais.E que sim, embora reconhecesse quetinham pudessem ter bombistas ou radicais era um facto que osOcidentais não ajudavam, quando pensam e decidem o que é melhor para a região. Referiu que pode visitar Bint Jbeil depois do “massacre” – palavra dele – onde morreram mais de cem pessoas – civis, mulheres e crianças.
Perguntei-lhe se acreditava se alguma vez iriam conseguir Paz no Médio Oriente. Respondeu-me que sim, se os EUA e a Europa deixassem de interferir nos problemas internos e deixassem considerar que sabem o que é melhor para o resto do Mundo e se deixassem de impor o conceito Ocidental de Liberdade, que eles não compreendem nem sequer têm qualquer apego histórico. Que têm, é certo, grandes culturais e diferentes religiões que poderão ser a causa para as guerras, mas que se sentia um pouco como a ex-joguslávia... é muito muito fácil pegar fogo quando se tem algo altamente inflamável por trás. E como ele referiu “infelizmente têm petróleo".
Houve um algo que disse que não deixei de sentir, de certa forma envergonhada. “what YOU did in Iraq...” . E é bem verdade WE did it. E como cidadã portuguesa e europeia, não posso deixar de sentir responsável, nem que seja pela inacção. O Continente que fez a Revolução Francesa. E que, a bem dizer, não temos nenhum Bush que possa servir de front face para o está por trás.

(mas tentou mudar de asunto algumas vezes. Não fosse o facto de ser curiosa na 5ª casa e de ter adoptado o método Holandês de ser brutalmente frontal, não tinha conseguido resposta alguma... Penso até que tentou fugir, mas enfim... Umas horas de boa conversa com um Não-Alienado)

Outra coisa que começa a ser quase como Regra: os motivos de ter saído do meu País só são identicos a pessoas originárias de um país de terceiro Mundo. E já me perguntaram meia dúzia de vezes “mas vocês fazem parte da UE”... E sinto falta do meu “Pois...”

PARABÉNS Rapaz! Eu não me equeci... a bem dizer, lembrei-me, esqueci-me, lembrei-me esqueci-me e equeci-me, esqueci-me e lembrei-me no 1º de Abril.

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