Sunday, August 30, 2009

Bangkok

É complicado explicar Tailândia, mais propriamente Bangkok. É impossível o recurso à analogia pois em nada é comparável à Europa. Desde logo, a lufada de ar quente que se leva a qualquer hora do dia (ou da noite) a partir do momento em que não nos encontramos sobre o (abençoado) ar-condicionado. E sim, por duas semanas estive a marimbar-me para o buraco do ozono.
Aliás, o número de automóveis, táxis e tuk-tuk a circular devem por a um canto a quantidade de CFCs emitido pelos ares condicionado. O trânsito é caótico. Mas quando digo caótico não me refiro ao nível das entradas para Lisboa na hora de ponta - caótico, significa ficar parado a qualquer hora do dia em qualquer parte da cidade (por exemplo, na ida para o aeroporto, por volta das 4 da manhã, já havia/ou ainda havia trânsito). Caótico significa ficar agoniada quando caminhava pelas ruas mais movimentadas. Aliás e correndo o risco de estar errada, diria que as pessoas que usam a "máscara" não é por causa da gripe mas sim devido à poluição. Nunca vi uma cidade com tantos táxis! De tal forma, que são mais baratos que os transportes públicos. Por menos de um euro anda-se e anda-se e anda-se... Mesmo, por vezes andando às voltas (sim, não é só em Portugal). Por outro lado, os autocarros que circulam fazem com que a "nossa" velhinha Rodioviária Nacional pareça transportadora de luxo.
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Apesar de todas estas "facilidades" de deslocação, continuo a considerar que a melhor forma de conhecer uma cidade é pondo pés ao caminho. Assim, no primeiro dia, calçado confortável e aí fomos. E posso dizer que foi tal e qual criança com novo brinquedo andámos, andámos, andámos até os pés não aguentarem mais. Visitámos sítios turísticos e a sítios menos turísticos.

Passámos por sítios onde foi raro ver um ocidental e por onde me passou pela cabeça "isto é um país da 2ª onda do Modelo dos Gansos Voadores?". Bairros onde a mistura de cheiros entre comida frita, cozida, poluição, dejectos de animais é tão forte que tive, várias dezes de suster a respiração. "Casas", se é que pode chamar "casas", sem janelas que mais parecem "depósitos" de pessoas.

Vi muita criança descalça a dormir na rua (e que bonitas que são) - posso estar a cometer o erro de analisar o sudoeste asiático com padrões europeus, mas é, no entanto, a única comparação que posso fazer.

O ultra-moderno coexiste com a pobreza. Estão lado-a-lado com uma cumplicidade que nunca vi na Europa.

Algo também que impressiona: Bangkok tem a maior concentração de centros comerciais do mundo! Mas assim de uma forma que faz Colombos e Almadas parecerem brincadeiras de crianças! Este, na fotografia, é apenas UM no meio de meia-dúzia, cada um maior que o outro. E encontra-se de tudo: desde centros que comida comparáveis ao ECI, a bancas de roupa vendidas ao kilo, marcas ocidentais, outlets de artigos de design, cópias "piratas" de dvd, software... o que quiserem!
As partes interessantes de Bangkok ficam para novos capítulos :-)

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