Sunday, January 13, 2008

Espírito Latino

Uma das coisas que sentia falta no ambiente de trabalho holandês é da falta de boatos. Sim, sim... do “a nova de Financeiro que anda a dormir com de Supply Chain do segundo andar”, a não sei quantas que não fala com a outra. “Ah e o top da loira”, o outro que está mais gordo, o corte de cabelo cai-lhe mal... NADA!! É um aborrecimento. Ninguém comenta a vida alheia e quando comentam são sempre aquelas piadas à António Sala, maldozas mas sem sumo.

Até que (abençoado) tenho um brasuca, ainda por cima gay (abençoado ao quadrado) – até nisto... se fosse em Portugal haveria boatos “humm, para mim é gay, vi-o no bar tal”, aqui é mais que sabido e aceite (aliás se fossem a eleições ganhavam); se houvesse qualquer tipo de boato seria “humm, acho que é hetero e casado (a).

Assim sendo, para além de podermos falar em código, ou seja, em português (se bem que cada vez que falo oiço um “Oi?”), que ele não se coíbe de usar à frente dos outros ainda tenho melodias para os meus ouvidos: “tá vendo essa loira a passar? Q’horror! Pirúa. Minina, detesto ela... sabe que a apanhei escutando as portas. E berra no celular... não, um horrô” ou então “esse é piquinininho, não é não? Acha que chega ao armário?”

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