Monday, October 23, 2006

Feedback do Primeiro Team Meeting

Um homem está a conduzir o seu carro, quando a certa altura percebe que se perdeu. Dá conta de outro homem que passa por perto, encosta ao passeio e
chama-o:
- Desculpe, pode dar-me uma ajuda? Prometi a um amigo encontrar-me com ele às 14h, estou meia hora atrasado e não sei onde me encontro...
- Claro que o posso ajudar. O senhor encontra-se num automóvel, entre os 38 e os 39 graus de latitude norte e os 9 e 10 graus de longitude oeste, são 14 horas, 23 minutos e 42 segundos, hoje é quarta-feira e estão 27 graus centígrados.
- O senhor é informático?
- Exactamente! Como é que sabe?
- Porque tudo o que me disse está correcto do ponto de vista técnico, mas é inútil do ponto de vista prático. De facto, não sei o que fazer com a informação que me deu e continuo aqui perdido.
- Então o senhor deve ser um chefe, certo? - Responde o informático
- Na realidade sou mesmo. Mas... como percebeu?
- Muito fácil: não sabe nem onde se encontra, nem para onde ir; fez uma promessa que não faz a menor ideia de como vai cumprir e agora espera que outro qualquer lhe resolva o problema. De facto, encontra-se exactamente na mesma situação em que estava antes de nos encontrarmos, mas agora, por um qualquer estranho motivo... a culpa acaba por ser minha!


Primeira novidade para a mim: não houve a necessidade de recorrer a power points com gráficos manhosos e análises numéricas de imparcialidade muito duvidosa para provar o quão brilhante é a Gestão.

Foram discutidas situações (reais), do quotidiano de todos.

O chefe (o Escocês) tinha regressado de Varsóvia (humm, muito boas recordações) encontrar-se com os big-big-boss. Comentário dele: “Bem pessoal, o que se passou na Polónia, para além de duas bebedeiras com a equipa Inglesa (REPARO: a honestidade que põe nas coisas: para quê andar a referir que SÓ se trabalha nesses meetings e o quanto cansado regressou da intensidade de reuniões e que apesar das brilhantes ideias que apresentou não foram aceites, quando TODA a gente sabe que não é assim e que há lugar para a paródia e que é importante haja, mais não seja para construir alguma relação quando a empresa está dispersa geograficamente), foi o chegarmos a conclusão que temos de melhorar processos e não sabemos como. Os americanos apresentaram uma proposta que não me parece boa. No entanto, como vocês estão na parte operacional penso que terão em melhores condições de apresentar propostas. Por isso apresentem sugestões, não interessa se são boas ou não, para isso estamos cá nós”.

Assim, de uma forma tão simples pôs toda a equipa a trabalhar num sentido. Para além de ter conseguido trazer mais poder de decisão para Amesterdão (sem que para isso tenha de recorrer a fato escuro ou a palavreado difícil ou a apresentações xpto em power point).

Para além do mais, diariamente nos agradece o empenho. Coisas tão simples que fazem a diferença.

(Um aparte: na semana passada pediu-me desculpa por não ter dado a atenção devida, mas que estavam a passar por um processo complicado, patati-patatá. acabou a frase com “vê lá que nem vodka temos tido”. As coisas voltaram à normalidade e 6ª feira lá houve da bendita).

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