Sunday, April 05, 2009

regresso ao Rectângulo

O regresso a casa (ainda que por pouco tempo) é sempre de ansiedade. É capaz de ser a viagem que, por mais que conheça o destino em profundidade, tem mais planeamento.

As horas que antecedem o voo de regresso parecem que duram mais que as semanas anteriores. E tudo parece demorar mais do que o normal: é a porra da aerlingus que aterra a metro e meio da porta e para isso é preciso que venha o autocarro. É a velhota que precisa de cadeira de rodas e os assistentes parecem que p r i m e i r o q u e m e x a m o s p é s... É uma coisa... Dá vontade de pedir licença tomar as rédeas da cadeira, por a 5ª, e espetar a velha no primeiro lugar livre do autocarro. É o outro que fica a falar com a assistente de bordo. E o autocarro à espera. E uma pessoa a desesperar. É a Ground Force que demora e demora e demora.

Depois é fazer a troca no cérebro para que a primeira língua seja o Português. A saída do aeroporto ainda é passado com "olha, outro a falar Português". Parece que é uma língua estranha que não sei porquê eu compreendo
.

Começam, então, os lugares de peregrinação. Primeiro e essencial: FNAC, não sou m
uito amiga de multinacionais mas esta é a excepção que confirma a regra. E a falta de artistas Europeus na Ilha torna estas excursões ainda mais necessárias. A seguir, sem dúvida, esta:

E só de olhar dá uma sensação de pertença: podem ser os mares da mesma tonalidade de azul, pode ser a mesma areia fina, podem ser os mesmos 25 graus numa tarde de Março, mas não é este mar nem esta areia. O Gabriel o Pensador diz que "
A palavra saudade só existe em português. Mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência". Verdade. Mas há uma forma de sentir muito própria que faça sentido que a a palavra Saudade só exista em Português. Chamem-lhe o que quiserem: Fado, Destino, seja o for..

Algo também importante de fazer: ver os noticiários... lembra-me por que saí, anula tudo acima e ajuda no regresso :-)

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