Sunday, April 12, 2009

o que não se discute em Portugal


Esquecendo o passado (afinal, foi este o homem responsável pela negociação do empréstimo ao FMI na década de 70) é uma lufada de ar fresco esta entrevista. Ver alguém sem interesses, a não fazer concessões, a falar do "bloco central", como (e adorei estas expressões) banco alimentar e manjedouras estaduais. Daí que o problema do PSD não é um problema de ideologia mas de interesses: caso ganhe a Manuela Ferreira Leite, os tachos serão para uns, caso vá para lá os Menezes, os tachos serão para outros. E o mesmo com o PS: exemplo disso, a moção apresentada no congresso só teve um voto contra.

Problemas de Portugal: é não ter escolas que eduquem, tribunais que julguem, políticos que não sejam corruptos, burocracia aceitável (ao que acrescento: povo exigente).

Parafraseando o que diz sobre as maiorias absolutas (do qual concordo e assino por baixo): "eu hoje sou anti maioria absoluta. A maioria absoluta é uma coisa excelente para gente competente, para gente sensata, para gente humilde. Este governo não tem nenhuma característica desta, não é sensato, não é humilde."

"Isto é um país? Isto é uma brincadeira. (...) Continuamos a viver de aparências.". Dados chocantes: nesta década entram 48 milhões por dia em forma de dívida externa.

1 comments:

Nuno said...

De mais gente como tu é que o país precisa. Ou será que foi por isso que nos fomos embora?...

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