Sunday, March 16, 2008

Está lançada a polémica

Um dos Paulos Portas cá do sítio, o Geert Wilders resolveu fazer alarido com um filme em que compara o Corão ao Mein Kampf e onde defende que Maomé mais não é que terrorista. Como devem imaginar, num país em que cerca de 30% da população na capital é Islâmica, pode vir a ter problemas.

Nas entrevistas em que explicou o porquê desta curta-metragem (que podem ver aqui e aqui), não posso dizer que discordo totalmente com ele. Calma que não me tornei fascisóide e passo a explicar.

Penso que em termos de liberdade individual, a Holanda não recebe lições de ninguém. Apesar de a lei das drogas não ser muito clara - já que se pode vender, mas não se pode comprar (os pormenores dá pano para mangas) - e as meninas nas montras serem, na minha opinião, decadentes (e deprimente ser a imagem de marca de uma cidade tão... gezellig, é mesmo essa a palavra). E de repente vê-se "invadida" de um povo que em nada ter a ver com os holandeses. A maior parte não se integra e não se quer integrar (ok, eu sou a primeira a criticar os Holandeses, o facto de serem monossilábicos, sem sentido de humor, etc, etc, mas também tenho a plena noção que o país é deles e quem não está bem mude-se. Bem ou mal foram levando o país para a frente).

Ora, um país que tem um historial de tolerância religiosa, política, sexual, de um momento para o outro vê-se perante crimes desta natureza praticados por habitantes não holandeses ou holandeses de "primeira geração". E não ajuda quando o amigo Geert já teve algumas ameaças de morte e parece que já não anda sozinho nas ruas.

A curta metragem será divulgada na internet, à falta de interessados na sua distribuição nos cinemas já que o senhor não admitia cortes. Enquanto isso não acontece fica a obra Submission de Theo van Gogh, outro que foi assassinado por se ter manifestado contra o papel submisso da Mulher no Islamismo e nem sequer teve tempo de acabar a obra. Segundo parece, era amigo de Pim Fortuyn, que ficou conhecido por ser abertamente homossexual e por se ter manifestado em plena campanha eleitoral contra toda a emigração de fora da Europa, considerando-a uma ameaça à cultura tolerante do país. Acabou por ser assassinado por um activista ecológico extremista. (este post parece o Correio da Manhã, mas já existem questionários online a sondar quanto mais tempo de vida o Geert tem. Digamos que aqueles que vi, dividiam-se entre 2 semanas a "dead man walking")...


1 comments:

Anonymous said...

Hmmm... concordo em termos contigo, mas não estou a fim de aprofundar essa discussão porque ainda não tenho uma opinião totalmente formada. A única coisa que me questiono é o fato de a mídia holandesa e internacional fazer um alarido enorme sobre um filme que ninguém além do próprio Wilders ter visto, bem como o fato de ele não ter deixado ninguém assistir para avaliar o conteúdo. O ponto positivo foi ouvir dele que não teria condições financeiras de bancar a segurança do local que havia se disposto a exibir o filme. Aparentemente, caixa 2 não é praxe entre os políticos por aqui..

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