Sempre!
Trinta e três anos volvidos
Interrogo ainda o vento
Porque me tolhem os sentidos
Ao cabo de todo este tempo
O vento sopra lá fora
Alheio a tanto desgosto
De que serve Abril agora
Senão para esconder o rosto
Madrugada sem igual
De abraços entre irmãos
Que enalteceu Portugal
E te esvazia agora as mãos
Ai meu país saqueado
Pela plebe, poder ou gentios
Andas mais desgovernado
Em devaneios doentios
Traz-me notícias ó vento
Aquelas... do meu país
Faz-me recuar no tempo
Para emendar o que fiz
Não quero apagar a história
Nem elogiar outros tais
Quero reter na memória
Aqueles meus ideais
Quero voltar a cantar
Com garra e com ousadia
Quem sabe melhor votar?
Ter orgulho neste dia
(eu tambem...)
José Mário Branco
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