Monday, December 17, 2007

Ai, que nunca mais chega 4f

Está tanto, mas tanto frio. Pela primeira vez fui correr com os canais gelados. E as mazelas de mais de 10 anos de lesões “mal curadas” vieram ao cima. Às 8:30 da manhã estavam 2 graus negativos. Tenho mais de trezentas camisolas vestidas e para me sentir melhor há um maluco que começou a trabalahr connosco a semana passada que vem de bicicleta vestindo uma singela t-shirt. Eu ando que nem uma chouriça e aquele trol anda de t-shirt. “ah e tal é nórdico”, podem argumentar... Hummm, o gajo é brasileiro do Estado de Mato Grosso. “Do intêriô” (com o “erre” enrolado, ssf).

Sunday, December 09, 2007

Radiohead @ AMS

...e a Menina tal e qual à Dutch correu à loja para comprar o bilhete do concerto que se realizará, mais 7 meses menos 7 meses.

A banda que carinhosamente apelido de "corta-pulsos" - depois há a versão "artista individual" cujo primeiros lugar pertencem à Aimee Mann e David Gray - lançou de forma muito original o último álbum: o trabalho fica disponível para download e os fãs pagam o que considerarem justo.

Uma ideia que vem, com certeza, revolucionar o mercado da distribuição musical.

Agora aqui a menina fica à espera desta e desta, tá bem?? Vá laaaaaaaaaaaaaaá....

Saturday, December 08, 2007

Cimeira Europa-África

Thursday, December 06, 2007

The Bad Samaritans, Ha-Joon Chang

"The place to start is with a true history of capitalism and globalization, which I examine in the next 2 chapters. In these chapters, i will show how many things that the reader may have accepted as 'historical facts' are either wrong or partial truths. Britain and US are not the homes of free rade, in fact, for a long time they ere the most protectionist countries in the world. Not all countries have succeeed through protection and subsidies, but few without them.For developing counties, free trade has rarely been a matter of choice, if was often an imposition from outside, sometimes even through military power. Most of them did very poorly under free trade, they did much better when they used protection and subsidies. Best performing economies have been those that opened up their economies selectively and gradually. Neo-liberal free-trade free-market policy claims to sacrifice equity for growth, but in fact it achieves neither; growth has slowed down in the past two and half decades when markets were freed and borders opened.
In the main chapters of the book that follow the historical chapters, I deploy a mixture of economic theory, history and contemporary evidence to turn much of the conventional wisdom about development on its head. Free trade reduces freedom of choice for poor countries. Keeping foreign companies out may be good for them in the long run. Investing in a company that is going to make a loss for 17 years may be an excellent proposition. Some of the world's best firms are owned and run by the state. 'Borrowing' ideas from more productie foreigners is essential for economic development. Low inflation and government prudence may be harmful for economic development. Corruption exists because there is too much, not too much little, market. Free market and democracy are not natural partners. Countries are poor not because their people are lazy; their people are 'lazy' because they are poor."
Andava meio perdida na minha Livraria preferida em Amesterdão quando dei com "The Bad Samaritans", de Ha-Joon Chang. Comecei a lê-lo e a parte transcrita é o final da introdução.
O senhor é "discípulo" do Stiglitz, um Professor que tem dado cartas em Economia de Desenvolvimento nomeadamente por não embarcar nas teorias vigentes e, como tal, apelidados por "Ortodoxos" ou "pós-autistas" ou outro qualquer nome. O senhor é professor em Cambridge e tem andado a participar em conferências sobre Desenvolvimento Sustentável. Um Sem Graça para acompanhar!<>span>

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Sunday, December 02, 2007

Utrecht e Jobim

Ah pois é! Quando Maomé não vai à montanha, provavelmente uma professora iglesa num daqueles países esquisitos é condenada a umas chibatadazinhas, mas isso agora não interessa mesmo nada.

Está uma pessoa a navegar pelos blogues que entretanto consigui recuperar, quando se depara com isto: Tony Lakatos - a tribute to Antônio Carlos Jobim.

Quando uma pessoa está no dito "istrangeiro", interessa pouco se é bom ou mau. Uma pessoa apenas vai. E Jobim em Jazz, mau nunca seria.

O senhor era realmente muito bom! Ela nem por isso, mas Jobim cantado na nossa língua na minha escala passa logo a ser muito bom!

O Clube também é agradável, sem os fumos de Amesterdão nem os Loirinhos (as) que ultimamente se tornaram insuportáveis (isto passa, mas até lá tenho a cara de "deves ser burro").

Fica "Água de Beber", a música que abriu o concerto.

Saímos com a o filho da Maria Rita a gritar "mamãe te amo" e eu a esperar que a guria venha até à Holanda.

Praga e as Palhaçadas: Czech us out!


O Museu do Comunismo com um rato horroroso como mascote num poster já haveria motivos para soltar uma gargalhada... agora a apoteose, a cereja no topo do bolo (para quem gosta), o cúmulo da ironia é a mensagem no canto inferior direito: "above Mc Donalds". Está o Vladimir a remoer-se no túmulo"Entendo esta como humor Checo: uma montra natalícia, numa das ruas mais movimentadas e mais famosas de Praga, decorada com neve artificial e luzinhas e bolinhas e essas piroseiras de Natal uma velhota com ar de avozinha a fazer o bom do dedão! Lindo...

A senhora que andei a perseguir para poder dar à Mami um novo modelo de gorros... Quem não tem cão (leia-se imaginação)...
O conceito de Arte no Museu de Arte Contemporânea (e estou a falar a sério). A primeira foto mais não é do que um bocado de pão bolorento com um termómetro. Esta é uma escada. Guess what? O título desta obra de arte é mesmo "A Escada" - eu devo ser muito estúpida, ou como diz o outro "sou bruto e até gosto de futebol" mas se isto é arte, esperem até ir buscar os meus desenhos da pré-primária O mais triste é que provavelmente qualquer crítico de arte fica meia hora a olhar para uma escada e a divagar pela "profundidade do traço e nota-se perfeita-me o dilema existencial expresso pela dicotomia das cores..." Para mim é uma escada e o Aki tem algumas muito parecidas e feitas em série!

A muito custo e insistência aceitei fazer esta. O gajo mais não é que um daqueles sem expressão que estão pregados no Parlamento ou no Vaticano ou os de Inglaterra. Sem expressão e o pessoal diverte-se a posar ao lado deles. A minha gargalhada controlada está relacionada com o facto de o gajo se ter apercebido que as Meninas estavam a apalhaçar e, sem mexer a face fez 360 graus com os olhos não-sei-quantas vezes.

A mensagem mais gira que vi como publicidade. Assino por baixo.

Praga e Milan Kundera

Praga entrou para o meu imaginário pelo Milan Kundera. Começando pelo incontornável A Insustentável Leveza do Ser a cidade ganhou cor, forma, aromas. Percorri todas as ruas, com sensações de deja vu em quase todas elas – também por ser parecida com Lisboa...

Desde aí – e por adorar Kundera – tinha as expectativas muito elevadas e com receio que saíssem goradas. Porque também estava à espera que Varsóvia fosse tirada directamente do Pianista do Polanski e que houvesse por lá um Brodi. E quando tudo aquilo que imaginamos é a realidade? Um brilhozinho nos olhos all the time. Uma cidade linda, linda... E sim, com beleza comparável à nossa Lisboa.

Estar lá é passar do livro à realidade sem perda nenhuma e com a sensação de que é uma cidade a revisitar e que o Senhor é daqueles autores a reler.

E para variar, houve aquela sensação do “Aqui seria feliz! humm quais serão as ofertas de emprego da empresa na República Checa?”...

ficam fotografias que no meu cérebro automaticamente as lê como cidade kunderiana.

"Now he roamed the streets of Prague with brush and pole, feeling ten years younger. The salesgirls all called him "doctor" (the Prague bush telegraph was working better than ever) and asked his advice about their colds, aching backs, and irregular periods. They seems almost embarrassed to watch him douse the glass with water, fit the brush on the end of the pole, and start washing. If they could have left their customers alone in the shops, they would surely have grabbed the pole from his hands and washed the windows for him."






por uma questão de sanidade mental preciso ver este filme, ei-esse-ei-pi!

Monday, November 26, 2007

O menino bonito está de volta

Apesar de consciência que a música até nem é muito boa e de os trabalhos parecerem um bocado pastilha elástica Trident daquelas novas com sabor prolongado já que é um bocado mais do mesmo, acho piada ao Rapaz... tem assim aquele aspecto intelectualóide-cool-despreocupado-à-Bloco-de-Esquerda.

E como tenho, segundo alguns, um gosto obsessivo por covers, acho mesmo um piadão ao "Rocket Man" do Sir (ou Lady, para as más línguas) Elton John.


Só para dizer...

... que gosto mesmo muito desta música.

Disponível na colectânea Lisboa, um trabalho de homenagem à capital.

Wednesday, November 21, 2007

Para mim, este Natal era um Jose Gonzalez, ssf

Como é que um homem que passa o concerto todo sentadinho e mais de metade sozinho apenas com uma guitarra consegue por os Holandeses (ou seja, nórdicos) a participar? Quando se é muito bom!

O concerto de Jose Gonzalez veio mais uma vez provar (como se fosse preciso) que não é necessário grandes produções para se ter um grande momento musical.

De salientar o cover que fez da Kylie Minogue (sim, sim, essa mesma) numa versão que ficou divinal e que foi seguida pela Teardrop.

Ficam as 2 versões. Um conselho: ouçam primeiro o da Minogue pois de outro modo, até assusta quando, depois de ouvir o Menino, ela começa a cacarej... cantar.

Casual Friday

Para mim, eram causal Fridays todos os dias da semana.

Ainda gostava de saber quem é que lhes meteu naquelas cabecinhas que eles ficam bem é de fato e que são mais respeitáveis, ah e tal contacto com o cliente! Seja quem for merece castigo... (humm sugiro que seja ver o Lion for Lambs).

Há um Japa que não tem piadinha nenhuma nos 4 dias de semana – mas mesmo piadinha nenhuma – excepto à sexta, dia em que coloca os tenizinhos da adidas, as calças de ganga de bainhas distorcidas a t-shirtezinha e um daqueles blasers à subúrbio londrino. Impossível passar despercebido – e olhem que sou distraída...

Até o chefe que é um alemão desinteressante (como chefe é 5 estrelas e está sempre pronto para a paródia) e que quanto a mim (e dado a minha grande, grande capacidade de maldizente) é um dos que joga na equipa contrária mas que ainda não se descobriu, à sexta-feira parece um Richard Gere (ok, menos, mas bem giro).

Não sou apologista do abandalhamento (sou mas não fica mal dizer) mas não há nada que chegue ao informal. Lavar os olhinhos à sexta-feira, é o que é.

Há mais um motivo para gostar da aproximação do final da semana.

Nãaaaaaaaaaaaaaaooooo!

A lista de Favoritos desapareceu… Todos os blogs que lia, todos os sites sobre música, cinema, todos os jornais pelos quais passava os olhos, todas as empresas que por uma razão ou outra tinham lá o link. As organizações não governamentais. A infindável lista de empresas “socialmente responsáveis”. As organizações de actividades na Holanda. A imensidão mas mesmo imensidão lista de artigos “é interessante mas agora não tenho tempo”.
Centenas e centenas de links que faziam as delícias do meu quotidiano desapareceram. Horas e horas de pesquisa! Assim, sem mais nada!
Ó bolas... a nova pasta de fotografia – que tanto trabalho deu a organizar foi-se também. Oh caneco, a pasta das viagens também! Há lá direito?!

Monday, November 19, 2007

de volta a casa...

Concerto da semana: o sueco Jose Gonzalez! O Senhor que compôs e interpretou a música das bolas saltitonas da Sony e que, com novo álbum, saiu-se com um cover de teardrop do Massive Attack muito bom!

é o que dá não seguir instintos....

Embora o título fosse apelativo já tinha franzido o nariz quando vi o trailer. "humm, americanada contra as Guerras no Médio Oriente (das quais eles são responsáveis.. enfim, eles e nós) mas a valorizar o povo americano, etc, etc". Tinha ficado na lista "a não ver", apesar do grande elenco.

Mas aquela noite apetecia ir ao cinema. As opções não eram muitas - a Nicole Kidman deve ter esvaído o cérebro aquando do estrago que fez à cara, uma comédia romântica, as sequelas - que se lixe bora lá ao "Lions for the Lambs".

Por considerar que independentemente de gostar ou não gostar qualquer pessoa que se dá ao trabalho de "criar" algo não merece ser maltratado e por não me considerar capaz de julgar o esforço dos outros (e a bem dizer a classe pela qual tenho menos respeito é a dos críticos/comentadores) que não analiso qualitativamente o filme.

Se aconselho aos meus amigos? Parafraseando o Mestre "Só se Hitler fosse meu amigo". De resto, prefiro que batam umas boas vezes com a cabeça na parede pois acredito que seja uma experiência muito menos dolorosa do que ver o filme.

Sinceramente, preferia ver a Meryl na cena "oh-pá-gosto-tanto-de-ti-mas-sou-casada-bora-lá-ter-um-caso-mas-no-fim-já-sabes-que-tenho-de-ficar-com-o-meu-marido -mas-daremos-um-beijo-ao-som-de-uma-musiquinha-larilas-mas-que-fará-até-o-mais- macho-ficar-com-pó-nos-olhos" com o Redford.

De resto... sem palavras. Gostaria de pensar que a Meryl foi fazer o filme do amigo e nem sequer teve noção no que se estava a meter.

Deixo-vos o trailer (mas não me responsabilizo por qualquer adormecimento de neurónios.




Olaré!

Olá Miúda,
regressei hoje de Praga e tive (finalmente tempo) de passar pelos correios.

Se tu vieste apaixonada de Barcelona o mesmo me aconteceu na cidade de Milan Kundera. Excepto que eu não tenho anilha :-). É linda, linda, linda! Quase tão linda como Lisboa (e olha que não estou a exagerar).

deixo-te aqui o meu agradecimento (adorei o pormenor do Avante), 5* (deves andar outra vez com a mania da Revolução, com certeza... (pá: eu já criei o blog), mas se quiseres posso começar com "contra o capitalismo, contra a exploração do homem pelo homem, contra o imperialismo norte-americano).

Mas amei a obra de arte do Capricorniano preferido. E olha que posso mesmo considerar obra de arte depois de ter visto umas em Praga... upa upa! Adorei o Sol e o "Gato"(??).

O que me faz lembrar... opá... os Gatinhos... os 4! Tão lindinhos! Obrigada. Um pouquinho de Portugal. Neste momento tenho a doida a ler-me a Sábado "como ser amante latino em 3 lições" - (hummm... discretamente mostrar aos nórdicos... humm)

Quanto ao meu motivo para rir... espero pormenores... dos mais escabrosos, ssf (já que a Menina não tem acesso aos novos namorados da Elsa Raposo ou dos porradões do Mourinho - por isso rio-me contigo).

um beijo do tamanho das minhas gargalhadas ao ler o que enviaste!
Vai contando as novidades do novo trabalhinho!

Sunday, November 11, 2007

A insustentável leveza do ser...

Estarei por aqui nos próximos tempos...

A diferença entre Portugal e Espanha

Por norma não gosto dos espanhóis. A cena dos Filipes, o Ego do tamanho do império que já não têm, a cena do ah e tal só falo castelhano, ah e tal não sou espanhol sou catalão, ah e tal não sou espanhol sou galego... tretas é tudo espanholada e gente a evitar (à excepção dos meus amigos espanhóis, dos sapatos Camper, dos filmes do Almodovar, das colecções da Agatha Ruiz de la Prada, da Mamatayoe e outras coisinhas).

Mas de vez em quando temos notícias destas e fico a pensar "e se este gajo fosse português?". Não imagino o Pseudo-engenheiro a dizer isto sobre o Menino Guerreiro ou o Shorty a defender o Bochechas.

Aliás pensando nos últimos eventos nem me parece que isto pudesse acontecer em situação intra-partidário.

Hoje (e só hoje) e por raros momentos de irracionalidade tive pena de não ser espanhola.



Saturday, November 10, 2007

Há amores assim...

A minha banda sensação portuguesa está com novo trabalho (finalmente, digo eu :). Depois de um estonteante primeiro album, os Donna Maria, lançam "Música Para Ser Humano". o single de lançameto, Há Amores Assim, faz aumentar a expectaviva de tão bom que é.

Pensar que tem a participação do Luís Represas, Rui Veloso, Rão Kyao e do grande Júlio Pereira deixa-me em pulgas para poder ir até à FNAC.

Já agora, vale a pena passar por aqui. Um grande, grande trabalho de um Senhor da Música Portuguesa.

Museumnacht

A noite em que Amesterdão abre as portas de museus e de instituições pela noite fora. Organizam-se actividades, exposições, muita arte, design, música e muita diversão.

As meninas resolveram começar pela exposição Barcelona1900 (uma desilusão até porque o panfleto referia tapas e as inocentes esqueceram-se que eram tapas à la holandesa) organizada no Van Gogh. Enfim, para esquecer. Pela publicidade que foi feita esperava algo que fizesse mostrasse um pouquinho do charme da cidade do Sô Gaudi. Mas qual quê? Quem não conhece a cidade convenhamos que não se decidirá a visitá-la por causa da exposição.

Enfim, desiludidas lá decidimos que o melhor seria ir até ao De Oude Kerk, já que nos disseram que no ano anterior estava cheio de ritmos étnicos e workshops de dança. Resolvemos experimentar.

Pelo caminho parámos no Theatermuseum e aí fizemos a nossa noite. Worshops de todo o tipo de dança, gente bem disposta, muita animação. Como estávamos numa da palhaçada pusemo-nos a encarnar personagens. Aqui a menina ficou com a parte da gueisha. Trabalhando numa empresa Japonesa, não há nada como precaver o futuro ;-). (Brincadeirinha...). A fotografia revela uma parte da caracterização.

Muito, muito divertido. Como disse a brasuca: as pessoas é que fazem o lugar maió mole antes de chegarmos. Nota: começar a pensar que o Potuguês é falado um pouco por todo o mundo. Porquê? Quando estava a ser "pintada" um senhor entrou e tirou fotos. Fizemos alguns comentários em português e por mera casualidade nada de muito mauzinho. Até que o senhor abriu a boca e perguntou "você é profissional?", na língua de Camões. Até gelámos... Se tivesse ficado calado mais 5 minutos provavelmente teria ouvido algum comentário pouco simpático à sua pessoa.

O reultado final ficou bem engraçado, mas porque isto das palhaçadas também tem limites não ficarão online.

De caminho para o De Oude Kerk ainda parámos numa igrejinha com grandes marcos da Holanda. Fiquei a saber que os Beatles passaram por cá. Engraçado ver as holandesas em histeria. É algo que não se espera de um povo nórdico.

Oude Kerk, uma desilusão. Seguimos para a exposição do Andy Warhol no Stedelijk Museum e é simplesmente incrível. Grande exposição. Garantidamente que vou passar por lá para ver com mais calma e menos gente.

Concluindo, no próximo ano vou sem planos, já que os sítios onde nos divertimos foram aqueles que encontrámos por acaso.

É uma iniciativa interessante de se fazer em Portugal.

Português???

Desde que a miúda do país que tem a música mais incrível do mundo (ou seja, Brasil) começou a fazer parte da minha vida, várias expressões chegaram até mim, que são de soltar gargalhadas.

Exemplos:

“Livro dos porquinhos. Bacana, né?”, tradução “O triunfo dos Porcos”

“Ah, qual é? Vou-me garantir em casa.”, ou seja, não saio de casa sem comer

“xuto logo o balde”, significa por pos pontos nos is (e xuta mesmo).

“e aí guria, tudo bem”, entendível.

“Vai ficar em casa? qual é guria, bora paqueirar, né?” e atenção que, com aquele sotaque incrível diz-se qualué?.

“puta merda, é pepino atrás de pepino”, sem esquecer o “r” enrolado e “pipino”.

“agiliza, guria, agiliza”, esta é a minha preferida, no nosso português o vulgo ‘toca a mexer’.

Começar as frases com puta ("puta, tá um calô! Té tô agoniada. Vim botar um shortezinho" ou “puta, tinha de ver”)

“hoôie- hoôie, tô de fachina”, a primeira parte é para ser cantada com o ritmo da música da escrava Isaura.

“Tô ralando que nem cadela” equivalente ao “trabalhar que nem uma moura”

"maió mala, meu", quando o gajo é chato, vem do facto da mala de mão ser pesada de carregar

"gente embaçada", a engonhar...

E a lista pode continuar...

Mulheridades - Uma hecatombe de desregradas

O convite veio virtual: que tal um blog de mulheres, sobre mulheres e para mulheres - ou homens curiosos que queiram por lá passar.

Vamos lá ver no que dá, mas as expectivas são elevadas. Os primeiros posts já lá estão e já são responsáveis por sorrisos de solidariedade.

A partir de agora estarei aqui também.

Problemas colocados em perspectiva

T começou a trabalhar connosco um par de meses depois de mim. Ascendência Indiana, criada entre o gigante asiático e os Estados Unidos ao que se pode acumular mais 10 anos de trabalho na Europa. Todos os dias aparece com um sorriso rasgado, um olhar que brilha entusiasmo e tem sempre, mas sempre uma palavra de encorajamento e um pragmatismo incrível.

Quando chegou, a empatia foi imediata. Nomeadamente porque em momentos de crise, em que tudo corre mal e até dá medo olhar para e-mails ela saiu-se com a brilhante frase “hey, it’s just work. And work it’s just distraction! Let’s have fun”. E não é que tem razão? Ou quando nos pergunta (e pergunta com alguma frequência): “hey, how are you?” e institivamente a reposta começa com “this supid system is not working again” e ela com uns olhos negros enormes que relevam uma honestidade incrível “that’s work and how are you?”.

Há relativamente pouco tempo disseram-me que o marido tinha falecido e que, por causa disso, tinha ido com os filhos passar uma temporada nos EUA. Metia-me confusão o facto dela tratar o marido no presente. Agora percebo porquê: o marido está incapacitado (física e mentalmente) devido a um acidente coronário. Desde o acidente que foi tentar a recuperação nos EUA e Índia. Voltou há algumas semanas à Holanda. Depende dela para tudo.

Menos mal, pensei. Agora, não sei se será bem assim. De um momento para o outro ela ganhou outra passoa, para além dos filhos, que depende dela para tudo e que, por vezes, não a reconhece. Para além de, no mesmo momento, ter perdido o companheiro, marido ou como ela se refere a ele, com um enorme brilho o olhar “o homem da minha vida”.

Todas as manhãs, depois da correria matinal que qualquer família enfrenta, ainda tem de se preocupar se a enfermeira chega a horas, verificar se os comprimidos/tratamentos/consultas acontecem . Isto porque não “há camas disponíveis para o marido num centro de recuperação em toda a Holanda”. – pois é, não é só em Portugal.

E todas as manhãs quando chega ao escritório tem um sorriso para partilhar e pergunta-nos “how are you?”

Faz-nos pensar...

PS – já me referiu algumas vezes que eu estaria bem a trabalhar numa ONG (ou em consultoria). Não disse que sim nem que não mas preferia a primeira.

Friday, November 09, 2007

um àparte

Pela vista de olhos que dei pela proposta de Orçamento de Estado, bato palminhas por não pagar impostos em Portugal. Pelo menos os meus são para pagar aos lontras dos holandeses. O "livro dos porquinhos", como lhe chama a outra, é espelhado em Portugal com requintes de malvadez. Tanto cavalinhos que por aí há. O que vale é que, de vez em quando, aparece um suíno a agradecer os esforços e o pessoal fica contente.

Tuesday, October 30, 2007

Estado de Espírito

Filho-da-p*** do Bill Gates e da porcaria da invenção do power point e da m**** das apresentações e das custom animations e porras afins que só veem para nos complicar a vidinha.

Ainda gostava de saber como é que a mesma equipa que desenvolveu um excel ou um access é capaz de ser reponsável por um programa tão mariquinhas como este. Não traz nada de novo e só complica a vida. Para tudo e para nada "apresentaçãozinha". Vai um update, vai uma apresentação.
Resultado: depois de 12 horas de trabalho - com 3 meetings pela tarde (ora, portanto uma manhã a tratar das m****s das apresentações, o que concluindo perfaz o meu dia de trabalho - preparar 3 apresentações e fazer as 3 apresentações), chego a casa e fazer mais uma BIG BIG apresentações para amanhã. A fazer o quê? Coisa que adoro fazer: falar em público.

Portanto amanhã, antes do meeting, ainda temos de reorganizar a porcaria da apresentação de grupo e arranjar tempo para visitar o advogado da empresa (já que tenho, um "appointment" com o legal) pois os seguros de saúde acham que, para além de ter de estar segurada duas vezes ainda não tenho direito de ir de férias prolongadas a Cuba já que me apareceram com uma conta de 900 euros para pagar.

Agora que já chamei todos os nomes por escrito, pôr a banda sonora do momento.


Lindo, lindo. Acabei de ler a biografia de Jobim. Um Senhor, sem dúvida. Voltei a ler a história do macucos (que chegou até mim pelas mãos do Chico). E, com uma modéstia reconhecida refere:"sou brasileiro, faço música brasileira, não por questão de nacionalismo, mas porque não sei fazer outra coisa. Se eu for fazer jazz sou idiota, porque qualquer crioulo-da-Lapa deles toca melhor do que eu."

M***a também para o youtube que não pára de dar opções de pesquisa interessantes.

Pronto, já estou de bem com a vida. Vou trabalhar, sim?

Friday, October 26, 2007

Bom senso, precisa-se!

"O Benfica SAD anunciou uma estratégia de sustentabililidade sócio-ambiental, inicada pela neutralização das suas emissões de CO2. “Queremos contribuir para a redução dos efeitos das alterações climáticas e sensibilizar outras entidades a seguir o seu exemplo”, explicou o clube [gostava de perceber como é que um clube explica, mas tudo bem.] Desde o jogo de ontem que a equipa principal do Benfica passa a utilizar nas suas camisolas e restante imagem corporativa o símbolo “Carbono Social”. Esta iniciativa evoluirá para um “modelo de sustentabilidade sócio-ambiental auto-financiado”.

Poderia, de forma extremamente fácil fazer piada sobre tal, até porque, a notícia é tão ridícula passar para o campo do humor era quase dado. Mas vou-me esquivar até porque é demasiado importante para tal. Porquê?

Na altura dos Jogos Olímpicos de Sidney,o actual Primeiro Ministro (e não faço piada em relação ao título), na altura Ministro do Ambiente, deslocou-se até à Ilha para ver se a aplicação de energy saving que foi utilizada no Estádio Olímpico poderia adaptado Portugal, em 2004. Embora não tivesse sido noticiado (vá-se lá saber porquê mas deduzo que o controlo socrático sobre a comunicação social ainda não estivesse a 100%) concluiu-se que o novo Estádio do Benfica, na altura ainda em pré-planeamento (fase que durou até aproximadamente 6 meses antes do início da competição) poderia ser auto-sustentado apenas com a colocação de painéis solares na. Estudo feito, muito bem, é aplicável, pouparia uns bons milhões a longo prazo faz-se publicidade, emitem-se comunicados... entretanto, porque o investimento inicial ultrapassaria o orçamento e porque as obras estavam atrasadas nada disto foi feito.

7 anos depois têm a lata de lançar uma notícia destas.

O respeito pelo ambiente não se ganha com campanhas esporádicas e conjunturais mas sim com mudanças de comportamentos, atitudes e estruturas.

Mas tal como na nossa Economia continuamos a considerar (e a investir) que são os grandes projectos conjunturais que vão ter repercussões a longo prazo a nível da estrutura pensamos também continuamos, principalmente a pensar no parecer. Por mais séculos que passem.

Quer dizer, a bem dizer o Al Gore ganhou o Nobel da Paz...

Monday, October 15, 2007

Pra quê palavras?!

Concerto da Semana: Nouvelle Vague @ Paradiso

"Let's dance little stranger
Show me secret sins
Love can be like bondage
Seduce me once again"


Depois de mais de dois anos de espera (altura em que os Nouvelle Vague entraram nos meus ouvidinhos) eis que tenho a oportunidade de os ver ao vivo.
E agora que conheço na prática o conceito de sold-out na Holanda, com Feist - significa nem ter espaço para respirar e ter de arduamente lutar contra monstros de dois metros que nos levam atrás (ah, e esqueçam o "desculpa") - estou feliz por ir com grupo de latinos (e de alguns espanhóis - abençoados que ocupam muito espaço e são muito mais barulhentos que nós) e vamos para a primeira fila... dê lá por onde der...

oh pa!!!

Chega uma pessoa ao escritório numa segunda-feira de Inverno e tem algo em cima da secretária com uma cartinha por cima. Pensei automaticamente: “Novo contrato? Nem pensar... recursos humanos, por definição (perdoem-me a generalidade) não são tão organizados (ia colocar “eficientes”, mas resolvi ser politicamente correcta)”. Olhei à volta e todas as secretárias tinham a mesma embalagem. “Menos mal.”. Era, nada mais nada menos que a revista semestral da empresa.

Isto por norma, não teria qualquer impacto. Olharia para aquilo e pensaria: mais lavagens cerebrais. Porra para as multinacionais ávidas por lucro que nos vem mostrar que é preciso vender, vender, vender e entupir o mercado de produto – quando esse mercado já está saturado e criar novas dependências de consumo, etc, etc, etc mas é a Special One... fazer o quê? E sim... vou lê-la.

E traz todos os produtos e características e especificidades outras coisas mais, que o comum do mortal apenas terá acesso no próximo ano e nós, os da “casa” já podemos olhá-las ao vivo no nosso centro comercial privado e ver todas as especificidades do produto. Ou seja e sim! Ok é verdade: lavagem cerebral à la Japonesa.

No meio do “não-sei-o-quê your personal settings” e pôr password, patatipatata, saltei logo para o capítulo da celebração dos 20 anos das EOS (porque enfim, o grosso dos ienes dos japas vem dos tinteiros – sim, sim, é verdade e uma grande desilusão para mim e acreditem que corri o relatório algumas vezes – mas para mim Canon é significado dos gadgetzinhos lindos, lindos) e chegando a EOS 400D, há um nome que me salta á vista: Joel Santos. Eh pá Santos, Santos é tuga... senão tuga brasuca, que é quase o mesmo.

(nesta altura o sistema perguntava-me se queria reiniciar o computador agora ou mais tarde... hummm, agora e posso ler o resto da entrevista)

Resultado, o senhor para além de Tuga e de fotógrafo tem, tal e qual Sebastião Salgado, (e aqui a Menina – que (ainda) não é fotógrafa) background em Economia...

Estupidamente eu vi isto, como um sinal... não divino, pq há muito que me deixei disso, mas tipo Amélie: que mais pode ser, se numa segunda-feira, com uns 5 graus lá fora, com muito pouca vontade de trabalhar, e-mails a bombar (e normalmente com reclamações e que requerem pelo menos meia hora a olhar para números) e mais uma semana que começa como acabou a outra, ie, em que tudo corre mal e nada funciona (não fosse a minha Special One!) – ando há um mês para ter Oracle e contei-os hj, mais de trinta emails trocados e não, o jeitinho português não dá pq tenho uma loira de 1.80 que faz cara de má e que diz que não porque basicamente preciso autorização da doida da mulher do Imperador do Japão – é exagero, mas neste momento preferia precisar somente da autorização da dita)... que tive de pensar: é que só pode ser, tenho mesmo de iniciar fotografia a sério...

Dp de, pela segunda vez ter feito o log in, lá tive de o googlar... é que o homem é bom (e é fã da família dos olhos em bico)... e tenho de considerar que ainda há salvação para os Sem Graça (leia-se Economista).

Passem pela página do Rapaz pois vale a pena.

...

Uma pessoa chega ao refeitório e vê uma coisa parecida com o nosso vulgo “caldo verde”. Nem sequer sou apreciadora de caldo verde mas é uma (grande) alternativa à boa da sopa de natas com cogumelos ou à de tomate com bolas de carne... Ql não é o meu espanto que estas alminhas trocam o bom o chouriço (já para mim dispensável) por delícias do mar. E não quero pensar mt nisso mas pareceu-me ter caldos knorr à carrada.

Mas fiquei a saber que há uma auto-estrada à saída de Amesterdão que tem como velocidade máxima 80 km/hora por respeito aos moradores da área. Queixavam-se do barulho dos carros que passavam a velocidades muito elevada.

Pois é...

Sunday, September 23, 2007

Samba Meu

Há algum tempo perguntaram-me se não era mais prático termos como língua oficial o “castelhano”. Na altura (e não, não bati em ninguém, mas vontade não faltou), respondi que se analisarmos a coisa em termos práticos talvez mas se me derem a escolher entre pragmatismo e a possiblidade em poder ler alguns escritores/poetas e músicos na primeira língua, nem sequer tinha dúvidas qual seria a minha escolha. Obiamente que uma besta faz uma pergunta estúpida como esta não entendeu a resposta que dei. Encolhi os ombros e segui em frente sem pensar mt nisso.

Até uma manhã da semana passada onde pude ouvir, Aqui, em primeira mão o novo trabalho desta menina. Sou uma privilegiada por ter o Portugues como lingua materna. E ainda sou mais sortuda por ter consciencia desse privilegio. É muito, mas mesmo muito bom. É de ouvir do início ao fim em repeat!

Agora só faltam as datas da digressão e esperar por uma voltinha aqui à Laranjinha :)

Tuesday, September 18, 2007

Have You Ever Seen the Rain?

Pela primeira vez escutei na rádio os Creedence Clearwater Revival a tocar "I want to know, have you ever seen the rain/Coming down on a sunny day?" e entendo o sifgificado literal da frase. Aliás, até posso responder "every single week for the last year!".

Exemplo, hoje - ah, pequeno pormenor, estamos com temperaturas en«tre os 7 e os 14 graus - começou com um friozinho e chuva digna de um Inverno rigoroso Português, depois de almoço Sol e terminámos com chuva (e frio, muito frio). só faltou ver o regenboog.

ohhhhhhh!




You Are Kermit



Hi, ho! Lovable and friendly, you get along well with everyone you know.

You're a big thinker, and sometimes you over think life's problems.

Don't worry - everyone know's it's not easy being green.

Just remember, time's fun when you're having flies!

Peixe, peixe, peixe...




You Are Bert



Extremely serious and a little eccentric, people find you loveable - even if you don't love them!



You are usually feeling: Logical - you rarely let your emotions rule you



You are famous for: Being smart, a total neat freak, and maybe just a little evil



How you life your life: With passion, even if your odd passions (like bottle caps and pigeons) are baffling to others

Just wondering...

O Fernando Santos, em entrevista, diz que foi “200% solidário” com o Senhor das Perucas mas (e o “mas” é meu) “100% profissional”, enquanto treinador do Benfica (ou Glorioso ou Papoilas Saltitantes ou whatever).

Dever-se-á tirar alguma ilação? Ou é pura linguagem futebolística da qual sou analfabeta?...

Monday, September 17, 2007

Música de sempre e para Sempre!

...

Sunday, September 16, 2007

Ora, um humorista para termos algum bom senso

Tuesday, September 04, 2007

What European City Do You Belong In?




You Belong in Amsterdam



A little old fashioned, a little modern - you're the best of both worlds. And so is Amsterdam.

Whether you want to be a squatter graffiti artist or a great novelist, Amsterdam has all that you want in Europe (in one small city).

Thursday, August 16, 2007

Como e que sabemos que vai ser um bom dia??

Quando, mesmo chovendo num dia de Agosto, ligamos o radio e a musica que toca e "A noite Passada" do Special One!

Monday, August 13, 2007

"Ninguém nos ensinou a usar nada do que recolhemos pelo caminho"

"O Centro Comercial Fechou"
O centro comercial fechou
E a Maria vai viver a vida mais longe
Longe das ilusões

Em cima das situações
Perigosas
O Toino não morreu no mar
Acabou de adquirir um castelo na Escócia

Enfim, não é bem na Escócia

É uma cave sombria

Em Gaia

O passado já lá está
Raio de uma sorte cinzenta
E o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
Há que cuidar do aspecto

Fazê-lo parecer natural
Por mais que seja cruel
não há ninguém que ajude

Ninguém nos ensinou a usar

Nada do que recolhemos pelo caminho

Perto das ilusões

Entre o amor e as razões

Perversas

O passado já lá está

Raio de uma sorte cinzenta

E o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde

Há que cuidar do aspecto

Fazê-lo parecer natural

Por mais que seja cruel não há ningu
ém que ajude


Jorge Palma




































Talvez por ser um dia solarengo - e contam-se pelos dedos das mãos os dias de Sol que tivemos até agora - que adorei o mercado e tal e qual à dutch pusemos na nossa Agenda: primeiro fim de semana de cada mês
rumamos à zona norte da cidade, pelo mais não seja que não outro lugar onde encontramos t-shirts, calças, cds, dvds, posters antigos, muitas relíquias a partir dos 50 cêntimos.
E talvez por isso que resolvemos ir com pele à mostra... efeitos secundários: o pior escaldão de sempre...

Tuesday, August 07, 2007

A primeira despedida

Ontem adormeci a lembrar-me dela. Recordei de quando a conheci. Tinha regressado de um fim-de-semana prolongado em Barcelona. Chegou, para não variar, atrasada. Olhou-me com uns olhos azuis brilhantes, mão na anca e com uma espontaneidade inigualável disse-me “hey, you’re new! I’m Marta” e, para além de me ter cumprimentado com dois beijos - algo que em ambiente de trabalho na Holanda é impensável - disparou uma série de perguntas que na altura considerei roçar a bisbilhutice. Passada meia-hora estava a convidar-me para café. Ao almoço para irmos jogar futbolín, o que ela agora, dp de mt treino diz matraquinnhos (“hi, can you give me some change for the matraquinnhos” – esta é a Marta.)
Hoje foi-se embora. Voltou a casa. Sempre nos disse que iria voltar a Barcelona mas esse regresso nunca teve data, até ao mês passado, quando decidiu que não queria ser a “weird aunt that lives far away”.
Partiu com receio de não se re-apaixonar pela cidade de Gaudi. Que não se consiga re-habituar ao rodopio completamente stressante das grandes cidades – onde, de certa forma incluo Lisboa – que nos fazem movimentar de passo acelerado mesmo que estejamos de ferias. Sempre atrasados. Sempre a correr. Sempre com um lugar a chegar. Não sabe ela que, egoisticamente o seu receio é a minha Esperança.
Sabe, tal como eu, que aqui é mt fácil pegar na bicibleta e ir a qualquer lado (mesmo tendo em consideração as quedas :), mesmo com mau tempo, mesmo correndo o risco de ser atropelada por um Dutch q antes de andar já sabia pedal
ar… e mt tranquilo. Imensos espaços verdes e em dias de Verão… impossível ficar em casa! Mesmo sem mar azul.
Já tenho saudades do “Aniiiitaaaaaaaa”, e dos berys e do “I like it a lot!” com uns olhos azuis a irradiarem alegria e do facto de não perceber como as nossas línguas são semelhantes e do “I lobe chocolat with more chocolat inside and more and more chocolat” ou do “let’s play matraquinhos” e dos Olé às 9 da matina… 9 a aproximar as 10 já que como qq latino a pontualidade não é das suas melhores qualidades. E das mãos das ancas com os pés às três da tarde a dizer “pero oh my god”. E do “Annnnnita pero nonnnn, you habe to come. Look at my angel eyes.”. E a inequívoca expressão “it’s raining que te cagas” em plena
Leidseplein às 5 da matina. E das bicicletas a 8 euros dos junkies. Ohhhhhhhh pá! Valha-nos a Vueling (ou a buelíng)
Ei-la com o cachecol Made in Portugal na noite mais melancólica de Amesterdão no seu bar preferido (oh, it’s bery nice”).


Girl, I am missing you already!

Sunday, July 08, 2007

Encosta-te a mim...


De alguém que ainda não perdeu a essência de ser Humano.

Almoço entre Meninas da Tugolândia

A) não brinques, os Holandeses mas é que nem dados: são burros, quadrados mesmo, raramente apanhas um Holandes que saiba trabalhar…
B) eh pá, olha lá que assustas a miuda…
A) … preguiçosos – por qualquer coisinha ficam em casa – o sistema nao funciona
C) também não é assim… ok, tem falhas, mas não é como em Portugal… a vantagem que tens em Portugal é que conheces sempre alguém, que conhece alguém que te desenrasca m…
A) deves estar a brincar… eles têm é a vantagem de terem muito dinheiro e de saberem vender muito bem o sistema deles. Agora são burros, mas burros… e a mania deles acharem que têm piada? Eh, pá não há pachorra!
B) Diz a mulher que namora com um holandês
A) Holandês o tanas… e holandês de nacionalidade, pois morou não sei quanto tempo no Brasil, fala português ou julgas que falamos em inglês? Alguma vez. Achas que, se ele fosse dutch de gema eu estava com ele? Nunca na vida, não ha pachorra...
B) isso é verdade, os homens holandeses são uma seca, mas sabem rir deles próprios, coisa que nós não fazemos… Se alguma vez em Portugal um Holandês fizesse piada com portugueses apanhava um murro
C) eh pá, também não e assim…nós não somos assim tão violentos!
B) desculpa? Não sei quanto a ti, mas eu dava de certeza. Então vai para o meu país e goza comigo? E que nem pensar... apanhava de certeza.
A) Eu arrependo-me ate hoje de ter saído de Portugal
B) Deixa de ser assim que a miúda está cá há poucos meses. Deixa-a descobrir por ela própria. Agora ainda está no encantamento.
C) a mim so me disseram que quando fosse ao médico para agravar os sintomas, pois normalmente eles têm tendência a irrelevar...
A) agravar os sintomas? Tu tens de estar a morrer e mesmo assim tens de fazer referência disso ao médico, de outra forma ele não percebe. Ok, em Portugal tens as camas nos corredores e esperas horas para ser atendida mas tens um profissional de saúde com competência para te atender. Aqui têm aqueles hospitais que parecem centros comerciais mas a única coisa que fazem é receitar paracetamol e aconselhar a ficar na cama. Para fazeres algum exame tens de insistir, insistir senão esquece.
C) Humm, tenho de ir.. Porque é que não voltas para Portugal?
A) Porra, estás parva, não fiz mal a ninguém... são apenas saudades...
C) Ah, bom...

Saturday, June 23, 2007

Make Some Noise - Amnesty International

Tuesday, June 12, 2007

“Hands Together”

Apesae de estar de saída, fui passar o último Evento do ano fiscal com aquela que será, apartir do próximo mês, a minha ex-equipa.

A ideia era simples: manhã de meetings, tarde de actividades, noite de pura borga, manhã... direitinhos (e directinhos) para o trabalho!

Pois bem, assim que chegámos a xxxx, deparámo-nos com Mar mas MAE (ok, não é azulinho e transparente como o Sudoeste ou o Portinho, mas é Mar)... infinidade de água junta.
Como tinha dividido o carro só com Latinas, ficámos meias aparvalhadas com o que os nossos
olhinhos estavam a ver havendo mesmo quem se aventurasse a molhar os pés!

(importa salientar que estavam cerca de 30 graus... yap 30
graus em Maio, num País do Norte da Europa)



Começámos com os meetings... Objectivo: duplicar as receitas em 2 anos. O que levou 18 anos a construir, os americanos resolvem duplicar em 2 anos. Coisa pouca! Estratégia: crescer fundamentalmente à custa dos Mercados Emergentes (África inclusivé)... Sem comentários. Passámos a manha inteira a ouvir o quão bons somos e o quão somos bons... e para terminar: É QUE SOMOS MESMO MESMO BOM! E para continuarmos a crescer é necessário: VENDER VENDER VENDER! Lembrei-me da cena do 1984 “how many fingers do you see?”.


Actividades: muito porreiro! Humm... Originalidade Holandesa: "porque não fazer umas actividadezitas de bicicleta? O pessoal não está habituado, 'bora lá à novidade!". Andámos à procura de pistas para depois, todos em conjunto construirmos um papagaio de papel gigante! A ideia final está engraçada e foi uma tarde muito bem passada.

A noite...

foi preparada um BBQ, com muita comida e muita bebida e muita diversão. Para mal dos nossos pecados a banda que animou o Evento era brasileira! Obviamente que criámos um lobby para pedir Jobim. Adoptámos a técnica do “vá lá........”.

No entanto, não fomos bem sucedidas. Fontes disseram-nos que os Holandeses não gostam muito de Bossa Nova, vão mais para o Axé visto ter mais ritmo 'pra galera tirar o pé do chão'. Eu desconfio que não seja verdade e estou ocupada a tentar provar o contrário, no entanto, nesta noite, o máximo que conseguimos “Que Maravilha”, de Toquinho “Lá fora está chovendo. Mas assim mesmo eu vou correndo só pra ver o meu amor.”





Monday, June 04, 2007

“Porque quando for grande quero viver neste Planeta”

Sempre fui fã deste anúncio... Desde o “Porquê? Porquê?”, passando pelo “Ecoponto em ponto pequeno” e agora aparece o “Porque afinal ja somos crescidos”

Muito giro... iniciativa interessante e sem dúvida com resultados!

Monday, May 14, 2007

Casa Bomboca

Apresento-vos a casinha nova!Nao fica bem, bem no centro mas 15 minutinhos nas 2 rodas e estamos la! Ah e so o primeiro andar. No res-do-chao mora um Amiguinho Turco muito simpatico e muito prestavel (demasiado prestavel) que nos carinhosamente apelidamos de Bomberman... Depois chegamos a conclusao que ele era capaz de perceber e passamos para Mr. Bomboca (ou somente Bomboca, pros amigos)...

Nao e que ele tenha aspecto de Bombista ou algo do genero embora houvesse algo algo que nos fez desconfiar imediatamente - a existencia deste aviazinho, aparentemente "brincadeira de criancas", inofensivo, de borracha, mas que parecia que tinha feito ricochete contra uma parede (hummm, nos dias que correm...). Isso e o facto de o Bomboca levar minutos a abrir a porta. Desculpa "ah, e tal estava no jardim". A nossa teoria e que tem uma cave cheia de alta tecnologia onde pode fazer simulacoes com o dito aviaozinho-aparentemente-inofensivo...

Adiante...

Primiera alteracao na casa.... mas tipo, LOGO, a estatua que veem aqui a esquerda foi fazer companhia ao aviaozinho no res-do-chao... Digamos que foi um acidente "Ups, escapou-se da mao..." Podemos ter vizinhos Bombocas ou Santidades... agora ambas, e complicado!

A fotografia abaixo e as traseiras da ca
sa... Lindinho, nao?




A envolvencia
Nao e para provocar inveja - nem sou Menina para isso, mas as fotografias abaixo mostram o ambiente que nos rodeia. 30 segundos a andar e estamos neste parque. No primeiro domingo que la passamos, armamo-nos em corajosas e demoramos cerca de 2 horas a dar a voltita... parte negativa da coisa: mt mosquitinho, mas que passa irrelevante quando estamos perante um cenario tao verdejante. Esta e a estradinha das bicicletas que como podem ver e beeemmmm lonnnnnnnnnnga...

A parte mais interessante da coisa... este enorme, mas enorme lago qu
e temos a nossa disposicao...
Simplesmente incrivel... e do lado oposto a nossa casa temos um complexo desportivo enooooooooorme... com piscina, parque infantil, sitio para alugar gaivotazinhas ou barcos de remos... e a nossa praia privada...


Temos patinhos... imensos patinhos! Digamos que haveria alguem muita materia-prima para quem lhes quisesse dar o mesmo destino que os probres Jeremias e Jeronimo... Estou a imaginar a expressao "ai, mal empregados patos... atao se nao sao para matar, servem para que?" Para apreciar, somente, ja que os holandeses tem um enorme respeito pelos animaizinhos... Nem a porra dos ratos eles dizimam.


E agora o que nos fe
z dizer "ohhhh, pa!"

Agora ao perto...




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